Com isso, a média móvel de falecimentos por conta da Covid-19 nos últimos sete dias é de 1.965, batendo recorde pelo 21º dia consecutivo
Autor: Metrópoles | Foto: RafelaFeliciano/Metrópoles
O Brasil registrou 2.841 mortes por conta da Covid-19 nesta terça-feira (16/3). É o maior número desde que a doença chegou no país. O resultado é diferente do divulgado mais cedo pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) porque agora inclui os dados do Rio Grande do Sul. No balanço do Conass, o total de mortes era de 2.340
Com isso, a média móvel de falecimentos por conta da Covid-19 nos últimos sete dias é de 1.965, batendo recorde pelo 21º dia consecutivo. O indicador, em comparação com o verificado há 14 dias, subiu 47,7%, mostrando tendência de alta nos óbitos. Usando os dados do Conass, ela estava em 1.894, oque representava uma alta de 42,3%.
É importante ressaltar que a utilização de dois bancos de dados diferentes (o Ministério da Saúde para o RS e o Conass para todos os demais estados) pode resultar em uma dupla contagem de casos ou mortos. Isso porque o horário de coleta de dados é diferente para cada balanço.
Usando apenas o balanço do Conass, o Brasil já perdeu 281.626 vidas para a doença e computou 11.594.204 casos de contaminação. Ao somar os dados do RS, o total de mortes chega a 282.127 e o de contaminações a 11.603.535.
Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás.
Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.
Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, e se baseiam nos relatórios repassados pelo Ministério da Saúde. Essas informações também alimentam o painel interativo com notícias sobre a pandemia desde o primeiro caso da doença registrado no país.
Média móvel
Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.
Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete.
O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.