‘Achei que fosse alergia’: jovem de 29 anos descobre câncer após ignorar sintomas
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‘Achei que fosse alergia’: jovem de 29 anos descobre câncer após ignorar sintomas

Nathálya Moreira dos Santos, 29 anos, mãe de duas meninas e feirante no Rio de Janeiro, viveu por mais de um ano com sinais que pareciam inofensivos: uma coceira persistente, fadiga constante, suor excessivo durante a noite. Chegou a pensar em alergia, estresse e até no ar-condicionado quebrado. O diagnóstico veio apenas em 2024: linfoma de Hodgkin em estágio 4.

“Meu mundo desabou, eu só sabia chorar”, contou Nathálya em entrevista à revista Crescer. O primeiro sintoma, segundo ela, apareceu ainda em 2022. Era uma reação intensa ao consumir álcool. “Era algo que eu jamais imaginaria estar relacionado ao câncer. No começo, era só um incômodo forte, mas com o tempo foi piorando muito”, lembrou.

A cada gole, surgiam dores de cabeça e desconforto no corpo. Embora incomum, esse é um sintoma presente em 2% a 5% dos casos de linfoma de Hodgkin, segundo dados do British Medical Journal. Com o tempo, outros sinais surgiram: cansaço extremo, coceiras, suor noturno e, por fim, caroços no pescoço. “Achei que fosse íngua. Ele aparecia e sumia, então não dei muita importância”, contou. Em julho de 2023, o linfonodo surgiu dolorido e quente. Foi o alerta definitivo.

A tomografia revelou linfonodos aumentados também no pulmão. Após exames e biópsia, o diagnóstico veio em abril de 2024: linfoma de Hodgkin, estágio avançado. Em junho, começou a quimioterapia. “Me debilitou muito”, relatou. Atualmente, Nathálya faz imunoterapia e se prepara para um transplante autólogo de medula óssea, em que será sua própria doadora. “É um tratamento mais tranquilo, sem muitos efeitos colaterais”, disse.

Fonte: Correio24hrs | Foto: Reprodução