“Saudades de viver em um mundo onde homens eram homens!, escreveu o vereador em seu perfil no Twitter na sexta, 27
Autor: Estadão | Foto: Getty
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) chamou de tentativa boçal o depoimento à PF do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, que revelou que ministro palacianos reconhecem a ligação do filho 03 do presidente Jair Bolsonaro. O ex-juiz da Lava Jato disse ainda que após deixar o governo acusando o presidente de suposta tentativa de interferência na Polícia Federal passou a ser alvo de ataques nas redes sociais que teriam partido do grupo composto por assessores do Palácio do Planalto, ligados a ala ideológica do governo.
“Saudades de viver em um mundo onde homens eram homens!, escreveu o vereador em seu perfil no Twitter na sexta, 27.
As informações às quais Carlos reagiu foram prestadas por Moro à PF no curso da investigação sobre atos antidemocráticos praticados entre março e junho deste ano. O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República e tramita no Supremo Tribunal Federal.
“Indagado se tem conhecimento do envolvimento de Eduardo Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Tercio Arnaud, José Matheus, Mateus Matos em quaisquer dos fatos ora mencionados (manifestações antidemocráticas), respondeu QUE os nomes de Carlos Bolsonaro e Tercio Arnaud eram normalmente relacionadas ao denominado Gabinete do Ódio; indagado sobre como tomou conhecimento da relação de tais pessoas com o denominado Gabinete do Ódio, respondeu QUE tomou conhecimento por comentários entre ministros do governo; indagado sobre quais ministros citavam a participação de Carlos Bolsonaro e Tercio Arnaud no Gabinete do Ódio respondeu QUE eram ministros palacianos (que trabalham no Palácio do Planalto), disse Sérgio Moro, segundo termo de depoimento registrado pela Polícia Federal.
O ex-titular da pasta da Justiça, no entanto, não quis revelar os nomes. Os ministros que trabalham no Palácio do Planalto atualmente são Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Walter Braga Netto (Casa Civil), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Moro chegou a dizer à PF que, para mais detalhes, seria importante ouvir os ministros do Palácio do Planalto, mas sem dizer quais.
“Indagado se o depoente poderia nominar tais ministros, respondeu QUE reforça que era um comentário corrente entre os ministros que atuavam dentro do Palácio do Planalto, registrou a PF.
Em outro momento do depoimento, porém, o ex-ministro listou como “palacianos” Heleno, Ramos e também o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten.