A apresentação do coral de jovens estudantes da Escola Estadual Deputado Naomar Alcântara, marcou, nesta terça-feira (21), a entrega de kits pedagógicos para os 417 municípios da Bahia e a cerimônia de lançamento do livro infantil “Turma da Felipa: juntos podemos vencer o medo”. O evento realizado na sede do Ministério Público, no bairro de Nazaré, em Salvador, faz parte das ações do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), alusivas à programação do 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
O kit pedagógico é composto por 24 itens, entre jogos e brinquedos educativos, mini teatro, mesa e cadeiras. Os materiais farão parte da rotina de atendimentos nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), dentre outros espaços e serviços nos municípios. Presente à solenidade, o secretário de Assistência Social do município de Correntina, Adeílton Barbosa, destaca a importância dos kits na execução das atividades. “De forma lúdica, a gente vai mostrar para as crianças que eles devem denunciar, devem falar para os papais, as mamães, os responsáveis, quando sofrerem algum tipo de abuso, algum tipo de assédio sexual. Então, isso será muito importante para que a gente possa trabalhar as atividades de orientação, de mostrar para essas crianças como eles precisam se proteger”.
Representantes de diversas instituições que atuam pela proteção de crianças e adolescentes, na capital, e nos municípios de Correntina, Piritiba, Cícero Dantas, Nazaré, Santo Antônio de Jesus, Mundo Novo e Maracás participaram do evento. Na ocasião, a titular da Seades, Fabya Reis, destacou o objetivo da ação. “O Governo do Estado está levando esse instrumento para os nossos municípios, que integram a rede estadual de assistência social. Agora os nossos CREAS, nossas equipes terão à disposição o livro e os kits pedagógicos, fortalecendo o enfrentamento ao trabalho infantil e à exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes”.
Já a secretária de Assistência Social de Maracás, Guida Galvão, enfatizou a importância dos mascotes Lulu Alerta e Ursinho Atento, que compõem o kit pedagógico. Ela explica como os bonecos serão utilizados na estratégia de enfrentamento aos crimes contra crianças e adolescentes. “Está vindo pra somar, pra incentivar as nossas crianças a denunciarem, a não se calarem. Vai ser uma ajuda de grande importância, porque nós vamos ouvir deles, na interação com esses brinquedos, o que eles realmente estão vivendo. E vamos fazer campanhas, vamos às ruas, vamos às escolas, vamos mobilizar todos”.
Outra importante ferramenta de apoio ao serviço de assistência no combate à exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes é a obra literária infanto-juvenil “Turma da Felipa: juntos podemos vencer o medo”, da escritora Kalypsa Brito, ilustrada por Samuka Marinho. O livro traz na figura da heroína Maria Felipa, atitudes de encorajamento para que os jovens se inspirem e denunciem situações de abuso, sugerindo a análise de situações reais que possam ser vivenciadas por crianças e jovens.
Ainda nesta terça, foi lançada a nova identidade visual da Campanha de Enfrentamento à Exploração Sexual e ao Trabalho Infantil. A iniciativa tem o apoio do Governo Federal e municípios baianos. A intenção é reforçar o apelo por vigilância e denúncia, para que toda a sociedade colabore com o combate a estes crimes. As denúncias de violações cometidas contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelo Disque 100, nos CREAS e Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) das cidades.
Para a vice-presidente do Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas), Ediana Dourado, é necessária a participação de todos para proteger as crianças e adolescentes. “A prevenção é a melhor alternativa. Essas ações dos órgãos socioassistenciais, da Defensoria Pública, Ministério Público e outros integrantes do Sistema de Garantia de Direito são muito importantes para que a gente possa coibir toda forma de violência contra a criança e o adolescente”.
Fonte: Anderson Oliveira/AscomGOVBA