Diante da resistência da equipe econômica e vislumbrando efeitos colaterais da medida, a ala política do governo começou a desembarcar da proposta de decretar estado de calamidade como forma de liberar verba para criar benefícios sociais em ano eleitoral.
Nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição, se reuniu com ministros para discutir o assunto. Ao final da reunião, a avaliação era de que a proposta é inviável.
Aliado do governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi questionado a respeito pelo Blog e desconversou: “Não sei de calamidade, não”.
O decreto de calamidade vinha sendo cogitado por integrantes do chamado Centrão (bloco parlamentar de apoio ao governo no Congresso) e pelos ministros políticos como uma solução a fim de facilitar a concessão de subsídio aos combustíveis e de abrir espaço para aumento dos benefícios do programa social Auxílio Brasil.
Após a reunião no Planalto, ministros reconheceram que a medida tiraria credibilidade da política econômica, pressionando dólar, inflação e juros.
Blog do Camarotti.G1