Dois rubro-negros brasileiros em um duelo pela glória eterna da Libertadores. Neste sábado (29), às 17h, Flamengo e Athletico-PR vão em busca do cobiçado título continental em uma final inédita no estádio Monumental de Guayaquil, no Equador.
Apesar de serem unidos pelas cores, os dois times têm um histórico diferente na competição. Os cariocas já são donos de duas taças (1981 e 2019), e entram em campo como favoritos. O Flamengo, aliás, fará sua terceira final em quatro anos – foi vice em 2021, para o Palmeiras.
Já o Athletico vai atrás de uma conquista inédita, no que seria o maior título de sua história. O Furacão chegou a disputar uma final antes, em 2005, mas viu o título ir para o São Paulo.
Do lado dos paranaenses, o meia-atacante David Terans é a principal arma ofensiva do elenco. São 14 gols marcados no ano, além de 8 assistências. O jogador, aliás, é um dos pré-convocados do Uruguai para a Copa do Mundo.
Outro destaque do Athletico está no banco: o experiente técnico Luiz Felipe Scolari. O veterano de 73 anos tem a chance de fazer história não só no clube como pessoal, e se tornar o primeiro treinador a conquistar a Libertadores por três equipes diferentes – ele foi campeão com Grêmio (1995) e Palmeiras (1999).
Felipão, aliás, admitiu que o rival é o favorito. Mas ressaltou que o fato da decisão ser em jogo único pode surpreender. “Não existe um favoritismo total. Se fosse em dois jogos, poderia ser diferente. Se soubermos nos comportar com qualidade e simplicidade, podemos complicar o jogo e sair com o título”, disse, em entrevista coletiva.
Já a campanha do Flamengo tem o atacante Pedro como grande esperança de bola na rede. É ele o artilheiro desta edição do torneio, com 12 gols marcados. Um recorde para o clube em uma única edição da Libertadores, superando os 11 gols de Gabigol, em 2021, e Zico, em 1981.
Outro destaque da equipe é o uruguaio Arrascaeta, com 13 gols e 19 assistências na temporada. Ele também está na pré-lista para a Copa do Mundo.
“A gente quer o que todo rubro-negro quer, o tri. A gente está muito focado, será um jogo muito difícil. Mas teremos o apoio da nossa torcida, então temos muita confiança”, afirmou.
Além da taça, há uma bolada em jogo. O campeão deste ano receberá 16 milhões de dólares (cerca de R$ 85 milhões) como premiação. Já o segundo colocado terá direito a 6 milhões de dólares (R$ 32 milhões).
Rivalidade em alta
Apesar dos clubes decidirem a Libertadores pela primeira vez na história, a final marcará um novo capítulo de uma crescente rivalidade entre os dois. Foram nove confrontos em mata-mata entre as equipes nos últimos 11 anos. Destes, dois valeram títulos, conquistados pelo Fla: Copa do Brasil de 2013 e Supercopa do Brasil de 2020.
As partidas mais recentes também foram pela Copa do Brasil, nas quartas de final da última edição. A classificação ficou com o Flamengo, que, no fim, se sagrou campeão.
Foi uma revanche de 2021, quando o time do Rio de Janeiro foi eliminado pelo Athletico na semifinal. O Furacão também se deu melhor nas quartas de 2019, enquanto os cariocas passaram pelo rival nas oitavas de 2020.
Antes destes duelos, o Athletico venceu o Fla na semi da Primeira Liga de 2016, enquanto os cariocas bateram os paranaenses na segunda fase da Sul-Americana de 2012.
Fonte: Correio24hrs | Foto: Marcelo Cortes/Flamengo e José Tramontin/athletico.com.br