O HOMEM A GRANEL
Artigo

O HOMEM A GRANEL

Um sujeito passivo, não reativo. Se pensasse somente com os olhos, tornaria uma negação de seu próprio ser. Convive no meio sem fazer parte do mesmo.
É fácil de ser encontrado. Jamais será procurado socialmente. O invisível subserviente. Ignorante em relação aos seus verdadeiros atributos.
É leigo nos quesitos consciência, pensamentos lógicos, razões. Tornando-se uma subtração visível de seu próprio indivíduo (seu autodono).
Sempre guiado pelas cores do mundo externo, o sensorial, os cinco sentidos – surreal.
Palpável e transitório, fácil de quantificar e perdido na qualificação (o passa batido). Uma massa de manobra para águas bentas, os poca-urnas. O avulso, fração de um todo, gera mais do mesmo. Eterno complemento disponível pelo mínimo valor.
É troco ou aquele cachê ofertado, por alguém, pelo desempenho prestado. “Boca de forno! Se mandar fazer, faz? ”. Desconhece o não. Sempre diz sim. Amém! Aleluia!

Fragmento de ideia: O homem que deixa o ser desfigurar seu próprio indivíduo por autonegligência, não só agride a si mesmo, como também, a todos os homens do mundo.

26 de janeiro de 2023, Vitória da Conquista – BA
Ricardo Gonçalves Farias