A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), países e territórios da Região das Américas e seus parceiros celebram, entre os dias 26 de abril e 3 de maio, a 23ª Semana de Vacinação nas Américas (SVA) e a 14ª Semana Mundial de Imunização (SMI). Este ano, a semana tem como tema “Sua decisão faz a diferença. Imunização para todos”, e está alinhada com a iniciativa de eliminação de doenças, que tem como objetivo acelerar a extinção de mais de 30 doenças transmissíveis e condições relacionadas até 2030, 11 das quais são doenças evitáveis pela vacinação.
No Hospital Municipal Esaú Matos, administrado pela Fundação de Saúde Pública de Vitória da Conquista (FSVC), os bebês nascidos na maternidade e aptos a receberem imunizantes, já são vacinados nas primeiras horas de vida contra hepatite B, que protege contra a infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) e pode levar a doenças crônicas do fígado, como cirrose e câncer hepático. Os bebês também são imunizados com a BCG, que previne formas graves de tuberculose, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar.
A Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Fundação, Adriana Vasconcelos, reforça a importância da vacinação nos bebês. “As vacinas são de suma importância para proteger os bebês contra doenças infecciosas graves, pois eles têm um sistema imunológico ainda em desenvolvimento. E as vacinas proporcionam a produção de anticorpos que são responsáveis pela proteção de várias doenças”, ressaltou.
O recém-nascido Heitor Rafael é um bebês que foram imunizados horas depois de nascer no Esaú Matos. O pai de Heitor, Fabiano Aguiar, falou sobre esse momento. “A gente fica com pena, mas é muito importante para a saúde dele, a gente sabe que é o melhor para ele.”
Maísa Ribeiro também acabou de ter sua filha no Esaú Matos e mesmo emocionada sabe que as “furadinhas” vão fazer muito bem à sua filhinha. “É muito importante esse momento, porque as vacinas protegem contra várias doenças. E quando não são aplicadas, caso alguma doença apareça, poderá vir da forma mais grave”.
A vacinação é vista como um direito fundamental, uma vez que protege a saúde e o bem-estar das crianças, que não podem se proteger por si só contra doenças infecciosas e os governos tem o dever de garantir que as crianças tenham acesso à vacinação. A sociedade também tem o papel de apoiar e promover a vacinação, por meio de campanhas de informação e apoio.
No Brasil, esse direito está respaldado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelece a obrigatoriedade do poder público fornecer acesso universal e igualitário às vacinas recomendadas pelos órgãos de saúde, já que a vacinação não apenas protege as crianças individualmente, mas também contribui para a imunidade coletiva, reduzindo a possibilidade de surtos e epidemias de doenças infecciosas.
Fonte: Ascom/PMVC | Foto: Ascom/PMVC