“Conquista tem um prefeito que além de calunduzeiro é palpiteiro”, diz Zé Raimundo sobre compra de remédios para tratamento da Covid-19 por Herzem
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“Conquista tem um prefeito que além de calunduzeiro é palpiteiro”, diz Zé Raimundo sobre compra de remédios para tratamento da Covid-19 por Herzem

Autor: Blog do Sena | Foto: Divulgação

O prefeito Herzem Gusmão tomou mais uma atitude questionável para o tratamento de pacientes com Coronavírus em Vitória da Conquista. Através do seu perfil no Instagram, ele anunciou que já autorizou a compra dos medicamentos ivermectina e azitromicina. O prefeito também aguarda a chegada da hidroxicloroquina que será enviada pelo Governo Federal.

A utilização desses medicamentos contraria todas as recomendações de organizações de saúde, entre elas a Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Assim, como sempre, Herzem busca o alinhamento político com o presidente Jair Bolsonaro, o maior defensor da utilização desses remédios no tratamento da Covid-19.

A atitude do prefeito provocou críticas por parte da população e também no meio político. Em entrevista ao programa Conquista de Todos na noite desta sexta-feira (24), o deputado estadual José Raimundo Fontes (PT), afirmou que o prefeito é “palpiteiro” e que não caberia a ele decidir o tipo de medicamento usado no tratamento à doença, uma vez que sua obrigação é administrar o município e seguir as recomendações de entidades de saúde no tratamento da doença.

“Eu jamais faria um aconselhamento sobre o uso de um medicamento. Deixa os cientistas discutirem, em algum momento, eles vão chegar a um consenso, mas na área deles. Quem está administrando uma cidade ou um governador, um prefeito, tem que ouvir aquilo que está sendo recomendado majoritariamente pela Ciência. Conquista tem um prefeito que além de calunduzeiro é palpiteiro, está dando palpite, quem quiser seguir, que siga. Eu jamais faria uma recomendação dessas”, afirmou o deputado.

Ainda não foi divulgado quanto a compra dos medicamentos vai custar aos cofres públicos municipais.