Apreensão de ecstasy registrou um número 19.000 vezes maior em relação a 2019. A droga sintética é geralmente utilizada por jovens em festas.
Autor: Da Redação | Foto: Divulgação
Em 2020, a PRF na Bahia foi responsável pela apreensão de 13 toneladas de drogas, que provocaram prejuízos de milhões de reais ao narcotráfico, especialmente de cocaína por ser uma droga de alto valor no mercado.
Os números apresentados entre janeiro e dezembro do ano passado, registram um aumento de 46% no volume de cocaína apreendido (1,9 toneladas), quando comparado ao mesmo período de 2019 (1,3 toneladas). Em sua grande maioria foi de pasta base ou cloridrato de cocaína, que em razão do grau de pureza tem um valor mais alto no varejo. Esse tipo de droga pode também ser convertida em pó o que faz triplicar o lucro dos traficantes.
No que tange à maconha, a PRF BA retirou de circulação 11,2 toneladas em 2020. A maior apreensão foi registrada em 26 de julho, em trecho de Feira de Santana (BA). Na carroceria de um caminhão, escondidos em meio a carga de farinha de trigo, foram encontrados diversos fardos de maconha, que após pesagem totalizou 5.805 Kg (cinco mil, oitocentos e cinco quilos) da droga.
As ações também resultaram na erradicação de um cultivo ilícito de maconha. 1,5 mil pés da erva foram encontrados em uma roça da zona rural de Belmonte, no extremo sul baiano. Com a erradicação, centenas de quilos da droga deixaram de ser produzidas para comercialização – que poderiam render milhares de reais para as organizações criminosas.
Destaque também para a apreensão recorde de 19.727 comprimidos de ecstasy. Os números apresentam uma quantidade 19.000 vezes maior quando comparado a 2019. Em uma única ocorrência (BR 116 – Vitória da Conquista), registrada em 22 de dezembro, uma equipe da PRF localizou dentro de um ônibus de passageiros uma mala com 14.000 comprimidos da droga.
Nos últimos anos houve um crescimento no comércio dessas ‘pílulas’ que produz alterações no sistema nervoso central e são geralmente usados em festas frequentadas por jovens, provocando euforia e alucinações. Se usado em altas doses, pode provocar convulsões e parada cardiorrespiratória.
Ainda foram apreendidos 111 quilos de crack; 49 pontos de LSD; 4,1 quilos de haxixe, que é uma droga produzida a partir da resina da cannabis sativa (a planta da maconha) e tem um valor bem mais elevado; bem como a apreensão de 35 quilos de skunk, conhecida como a “supermaconha” que é uma droga produzida em laboratório feita através de vários cruzamentos de tipos de maconha e seus efeitos podem ser cerca de sete vezes mais fortes do que os da maconha comum.
As prisões relacionadas ao tráfico de drogas também cresceram 165%, passando de 94 detidos em 2019 para 250, em 2020. No ano passado, foram registradas pela PRF BA 191 ocorrências relacionadas a crime de tráfico de drogas e 250 pessoas foram detidas.
Sucesso no enfrentamento à criminalidade
As rodovias federais seguem sendo o principal modal de locomoção no Brasil, tanto para cargas e pessoas que movimentam a economia do país, quanto para os criminosos com complexos esquemas de logística para transportar ilícitos. Já as organizações criminosas se valem de rotas comercialmente existentes, aliadas a formas clandestinas. Porém, independente do modal utilizado, em algum momento, os ilícitos serão transportados por rodovias.
Por isso, a PRF apertou o cerco ao narcotráfico e alguns fatores contribuíram para esses resultados como ao apostar na estratégia de orientar o policiamento com informações de inteligência policial e tecnologia da comunicação para tornar mais efetiva as fiscalizações dos veículos nas rodovias, bem como investir no treinamento e capacitação constante dos policiais, auxílio dos cães farejadores e integração com outros órgãos.
Essas ações têm se mostrado um diferencial no enfrentamento ao tráfico de drogas dentro e fora das Brasil. A ideia da PRF é ‘desmantelar’ toda a estrutura logística e financeira do crime organizado, visto que há outros ilícitos que orbitam o comércio de drogas, como o tráfico de armas e o de roubo de veículos, já que as organizações se utilizam destes veículos para a prática de outros crimes, como assaltos, transporte de drogas e contrabando.