A direção do Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, divulgou na tarde desta segunda-feira (23) imagens e vídeos da operação de resgate da brasileira Juliana Marins, de 26 anos. A jovem escorregou em um penhasco enquanto percorria uma trilha na sexta-feira (20) e espera por resgate, sozinha, a cerca de 600 metros do ponto onde caiu.
O local é de difícil acesso e o clima com neblina densa, chuva e frio impede a ação durante a noite. Inicialmente, as cordas não foram suficientes para alcançar a profundidade onde a brasileira foi vista. Helicópteros ainda não foram utilizados pelo receio de que a aeronave prejudique as condições do terreno. A previsão da Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia (Basarnas) é que uma aeronave seja acionada na manhã de terça-feira (24).
O parque divulgou que Juliana Marins foi vista por um drone, em uma posição presa num penhasco de rocha a uma profundidade de 500 metros e aparentemente imóvel. Dois alpinistas tentaram alcançá-la através de cordas, mas não obtiveram sucesso. As imagens divulgadas mostram que diversas pessoas buscam alternativas para tentar resgatar a brasileira com cordas presas ao penhasco.
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Nesta segunda-feira (23), o pai da turista brasileira contou que está a caminho do país para acompanhar a tentativa de resgate da vítima. Em um vídeo publicado redes sociais, ele também se disse agradecido pela mobilização e apoio do governo brasileiro, de amigos e pessoas que não conhecia. “Todos estão se mobilizando e fazendo o que é possível, nos apontando caminhos para que possamos trazer Juliana sã e salva, que é o que nós esperamos”, disse.
Manoel Marins Filho, pai da jovem, disse ainda que ainda não conseguiu chegar ao país por conta do fechamento do espaço aéreo no Catar após ataques do Irã a uma base militar dos EUA em Doha. “Estamos aqui no aeroporto de Lisboa e infelizmente soubemos que o espaço aéreo do Catar e Doha foi fechado. Nosso voo obrigatoriamente passa por Doha. Não sei se será possível viajar ainda hoje pra lá”, contou.
Juliana Marins fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro deste ano, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia. A trilha no Rinjani, famosa em razão da visão ampla do vulcão, é considerada perigosa. O passeio foi realizado com o apoio de uma empresa de turismo da Indonésia. A queda ocorreu na madrugada de sábado (21) pelo horário local, ainda noite de sexta-feira (20) no Brasil.
Mariana Marins, irmã de Juliana, tem criticado as autoridades indonésias por prestar informações desencontradas, por falhas no planejamento do resgate. “Eles seguem muito lentos. No primeiro dia de resgate, eles demoraram 17 horas para chegar ao local, dez horas a mais que o tempo que eles deveriam levar. Para a gente, está sendo um absurdo essa parte do resgate, afirmou. “A Juliana está lá sozinha mais uma noite [indonésia], sem comida. Ela não recebeu comida nenhuma, água nenhuma, agasalho nenhum”, lamentou.
Fonte: Correio24hrs | Foto: Divulgação