A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) investiga um caso suspeito de varíola dos macacos, em Ilhéus, no sul da Bahia. Até então, são três casos confirmados da doença no estado, todos em Salvador.
A Sesab não informou se há mais casos suspeitos além desse e não deu mais informações sobre o paciente.
O último paciente foi confirmado com a doença na quarta-feira (20) e teve o início dos sintomas no dia 13 de julho.
Ele apresentou febre de início súbito, dor lombar, erupção cutânea e dor de cabeça. Segundo a SMS, ele não precisou de hospitalização e segue em isolamento com boa evolução em domicílio.
Outros dois casos da doença foram confirmados em Salvador nas últimas semanas: dois homens, um de 32 e outro de 34 anos. Todos os infectados seguem em isolamento domiciliar e passam bem.
A varíola do macaco pode ser transmitida pelo contato com fluidos corporais, secreções respiratórias, lesões na pele ou mucosas de pessoas infectadas. Há também o risco de contaminação pela utilização de materiais contaminados, como toalhas, roupas de cama e utensílios domésticos contaminados e/ou contato com animais infectados pelo vírus.
O secretário de Saúde de Salvador, Décio Martins, informou que a SMS está acompanhando os números da doença e que a orientação é que as pessoas que apresentarem os sintomas mantenham o distanciamento social. “Hoje nós tivemos a confirmação do terceiro caso da varíola dos macacos em Salvador, obviamente que nós estamos acompanhando os números, mas ainda não é o momento para pânico. As pessoas que sentirem os sintomas devem se dirigir para uma das nossas unidades de urgência e emergência”, destacou o titular da pasta.
Décio Martins ressaltou que das três pessoas que foram infectadas com a varíola dos macacos, duas já passaram pelo tempo de incubação da doença e o terceiro já está isolado. “Amanhã nós vamos confirmar de onde que esse terceiro caso é oriundo, porque os outros dois vieram de fora. É uma doença de transmissibilidade baixa, o isolamento da pessoa que sentiu sintomas é de fato a medida mais eficiente para evitar a transmissão”, finalizou.
Na Bahia, até o dia 14 de julho, foram notificados 12 casos da varíola dos macacos, sendo dois confirmados, quatro suspeitos e seis descartados. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de Bahia (Sesab), os casos tratam-se de indivíduos residentes em Salvador. Ambos apresentaram febre, adenomegalia, erupções cutâneas e cefaleia. O boletim da Sesab ainda não foi atualizado com o novo caso confirmado em Salvador.
Até o dia 13 de julho de 2022, o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs) havia comunicado a ocorrência de 644 casos notificados no país. Destes, 310 casos foram confirmados, 98 permanecem suspeitos e um provável, sendo 236 descartados.
Sintomas
Os principais sintomas observados nos indivíduos infectados são febre, dor de cabeça, dores nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, lesões na pele, que começam no rosto e se espalham pelo corpo, atingindo principalmente as mãos e os pés.
O vírus tem um período de incubação que pode variar de cinco a treze dias. De acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde, os sintomas duram de 16 a 21 dias.
Ao apresentar os sintomas da doença, a orientação da Secretaria Municipal da Saúde é que o paciente busque uma unidade de urgência e emergência. Atualmente, a rede municipal dispõe de 16 postos de urgência que funcionam ininterruptamente, nos sete dias da semana, inclusive feriados, em regime 24 horas.
Notificação
Os casos suspeitos de Monkeypox de residentes de Salvador devem ser notificados por profissionais da Saúde no site da SMS. Para isso, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância e Saúde (CIEVS/Salvador) elaborou um formulário de notificação/investigação com objetivo de disponibilizar para os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde um plataforma para notificação imediata em até 24 horas (clique aqui).
Fonte: Correio24hrs | Foto: Shutterstock