O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira, 7, em evento com os empresários, que o governo vai garantir a estabilidade política, fiscal e jurídica para investimentos no Brasil. A declaração dos petista aconteceu alguns dias depois de ele colocar em dúvida o cumprimento pelo governo da meta de zerar o déficit fiscal em 2024.
“Vamos garantir estabilidade política, estabilidade social, estabilidade jurídica, nós vamos garantir para vocês estabilidade fiscal e nós queremos garantir para vocês a possibilidade de vocês colocarem a inteligência empresarial de vocês para que esse país cresça cada vez mais”, disse Lula.
No evento, que ocorreu no Palácio do Itamaraty, o chefe do Executivo também externou a vontade de alcançar US$ 1 trilhão em comércio exterior. “Que a gente possa chegar, ao invés de 600 e poucos bilhões de dólares de comercio exterior, por que a gente não estabelece meta de chegar a 1 trilhão de dólares de comércio exterior e vamos buscar isso?”, indagou.
No discurso em um ambiente com investidores, Lula afirmou também que “não é necessário diminuir o estado para valorizar a iniciativa privada” e que, em seu governo, os ativos públicos não serão vendidos, mas sim aprimorados.
A meta de zerar o rombo nas contas públicas em 2024 está no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) — enviado pelo governo ao Congresso Nacional em abril. A mudança da meta fiscal é defendida por parte do governo para evitar que o bloqueio de recursos no começo do próximo ano.
No discurso, no Itamaraty nesta terça, Lula também falou sobre a necessidade de aliar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade ambiental. O petista afirmou que a crise climática não “é mais loucura de professor” universitário e de ambientalistas, e que o planeta está “dando um aviso” sobre o desequilíbrio ecológico.
“A questão do clima é muito séria e o planeta está dando um aviso: ‘cuide de mim’, ‘não me destruam que vocês serão destruídos junto comigo’. É esse o recado que a gente está vendo nos ciclones, nos furacões, nas secas”, afirmou.
Fonte: A Tarde | Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil