A confirmação de um caso de raiva humana, em janeiro deste ano, na cidade de Jucá, no Estado do Ceará, onde uma pessoa foi mordida por um sagui, colocou o Ministério da Saúde e demais órgãos de saúde do país em estado de alerta. Em Vitória da Conquista, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio das coordenações de Vigilância Epidemiológica e Controle de Zoonoses, vem intensificando as orientações para que os tutores vacinem seus cães e gatos domésticos.
O Brasil está há quase 10 anos sem registros de raiva humana transmitida por cães, superando o prazo de 5 anos exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para declarar uma área livre de raiva. Embora a transmissão tenha ocorrido por animal silvestre, o fato de o vírus estar em circulação no país não diminui a preocupação das autoridades de saúde.
Transmitida ao ser humano pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser repassada também pela arranhadura e/ou lambedura de animais silvestres, cães e gatos, a raiva humana é uma doença progressiva e aguda que apresenta letalidade de aproximadamente 100%.
A campanha contra raiva animal é realizada anualmente. Em 2024, foram vacinados mais de 32.600 animais em Vitória da Conquista. Porém, a Secretaria Municipal de Saúde reforça que as doses ficam disponíveis, durante todo o ano, no Centro de Saúde Admário Silva Santos, localizado na Av. Frei Benjamim, s/nº – Bairro Brasil, Telefone: (77) 3422-8202.
Cuidados
Em caso de acidente com animais domésticos ou silvestres, a pessoa deve lavar imediatamente o ferimento e/ou mucosa (olho e boca) com água e sabão, e procurar qualquer unidade de saúde, durante a semana, relatando o ocorrido, para ter acesso à profilaxia para raiva humana. Já aos sábado, domingos e feriados, a população deve procurar o Centro de Saúde Régis Pacheco (sala de vacina), que atende das 8h às 11h, em regime de plantão, para esse atendimento exclusivo.
Em 2024, Vitória da Conquista registrou 453 notificações de atendimentos antirrábico, sendo: 349 causados por caninos, 66 por felinos, oito por quiróptera (morcego), seis por primata (macaco) e um por herbívoro doméstico (porco).
Segundo o coordenador de Controle de Zoonoses, Luís Cláudio Moura, a profilaxia para raiva humana deve ser realizada em no máximo 15 dias após o acidente. “É muito importante que a pessoa busque o serviço de saúde imediatamente após o acidente, mas caso não seja possível, o prazo é de até 15 dias para realização da profilaxia”, disse.
Fonte: Ascom/PMVC | Foto: Ascom/PMVC
