Jornalista comenta problemas vividos no momento e cenário internacional
Autor: Rodolfo Milone | Foto: Divulgação
O Brasil está desgovernado, ele é um carro sem freio de mão descendo uma ladeira. Nós sabemos que ele irá bater, mas não onde, quando e como. O Brasil é como a África do Sul, na época do Apartheid, um país isolado, que sofrerá retaliações ao término dessa pandemia.
Porque a má condução do Bolsonaro e sua família deixou o país nessa posição. O exemplo maior é quando Eduardo Bolsonaro usou as redes sociais e culpou a China pela pandemia de COVID-19, e a resposta não demorou a chegar, pois a embaixada chinesa em Brasília afirmou que o filho do presidente Jair Bolsonaro contraiu um “vírus mental” nos Estados Unidos. Vale lembrar que a China é o maior parceiro econômico do Brasil, só de Soja eles compram 80% da nossa produção.
Os Estados Unidos não querem mais brasileiros por lá, Trump colocou o carimbo de país infectado no Brasil, desde 24 de maio, eles anunciaram a proibição à entrada no país de viajantes vindos do Brasil. Sem contar os problemas com os países do bloco do Mercosul. Tudo isso terá um custo para o Brasil, essa reconstrução não será fácil. A pergunta é a seguinte: “ Será que o Brasil sairá dessa situação com Bolsonaro e sua família no comando?”
Outra questão muito delicada é em questão é o Produto Interno Bruto(PIB), se fizer uma comparação das décadas, iniciando em 1901, que até 1981 o Brasil só crescia, e fazendo um paralelo com a famosa década perdida, que compreende de 1981 à 1990, onde o Brasil cresceu apenas 16,9%, nesse anos iremos terminar a década com o crescimento de apenas 1,9%. Diferentemente de outras crises, onde aconteceram o impeachments de Collor e Dilma, dessa vez o mundo também estará em recessão. O que dificulta o nosso crescimento e evolução. Sem contar fuga de capitais, problema na balança comercial e exportações
Bolsonaro e República de Weimar
Bolsonaro tem o mesmo tom desse período vivido na Alemanha, a idéia que ele tenta embutir na cabeça das pessoas, sempre dizendo mal dos poderes da União, atacando ao Supremo Tribunal Federal é muito parecido com o momento vivido na época de Weimar. Nunca devemos esquecer, que foi nessa época que Adolf Hitler conseguiu se posicionar com passado imperial da Alemanha e implantar o nazismo.
O diálogo de Bolsonaro tem princípios no nazismo, fascismo e o velho reacionarismo latino-americano. Voltando no tempo, ele quando era apenas Deputado Federal, disse em um programa de televisão, que o então presidente Fernando Henrique Cardoso deveria ser fuzilado, defendeu a morte de 30 mil brasileiros, tortura e guerra civil.
Em qual regime democrático você acha que ele se encaixa? A resposta é nenhum. Muitos dizem que ele é de direita, mas se você fizer um paralelo com Boris Johnson, Primeiro-ministro do Reino Unido, que é de direita mesmo, no que ele se assemelha com Bolsonaro? Pelo o que eu saiba, o premier nunca empregou 102 familiares em seu gabinete.
Pandemia e Aras
Nesse momento delicado o presidente deveria estar trabalhando noite e dia. Mas o que se vê não é isso, por exemplo na sexta-feira (29), ele não tinha agenda. E nessa mesma semana ele teve tempo para receber “Youtubers direitistas”.
Na mesma semana, ele andou pressionando Augusto Aras, Procurador Geral da República. Visitando a PGR sem ser convidado, condecorou Aras com a ordem do mérito naval e ainda disse que ele pode ser um bom ministro para uma futura vaga no Supremo Tribunal Federal.
O que ele não disse é que Aras pode denunciá-lo em uma infração penal comum(onde Bolsonaro está sendo divulgação) e nesse caso quem processa e julga é o STF, diferentemente de crime de responsabilidade(julgado pelo Senado). E isso tudo é o que ele não quer, pois ele está loteando cargos para o “Centrão”, que são comandados por Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto.
E agora?
Agora estamos vivendo um momento crítico, onde todos os esforços do presidente estão em direção a sua própria proteção, da sua família e seus amigos, como ele mesmo dia na reunião ministerial de 22 de abril.
Enquanto isso, a população brasileira vem as poucos sendo fuzilada, já se foram quase 30 mil pessoas.
Rodolfo Milone, Jornalista, 29 anos, com expertise na área da saúde, tecnologia, viagem, política e educação. Tem mais de quatro anos de experiência no segmento e em assessoria de imprensa. Já atuou em frente de diversas empresas conceituadas no mercado, como Johnson, Pfizer, Plugin Bot, Criteo, CET, ABAV, Pró- Saúde e entre outras.