Redes de ensino correm risco de colapso financeiro, aponta Todos pela Educação
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Redes de ensino correm risco de colapso financeiro, aponta Todos pela Educação

Autor: Jovem Pan/Camila Yunes | Foto: Mateus Bonomi/Agif – Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo

Primeira transmissão ocorre na manhã deste sábado, desde as 9h. O projeto estreou com aula virtual de Zumba e Fit Dance, comandada pelos professores Liz Facó, Marcão e Natividade.

Um estudo lançado pela organização Todos Pela Educação apontou o impacto da queda na arrecadação de estados e municípios por conta da crise de Covid-19 nos recursos destinados à educação pública.

O gerente de estratégia política da Ong, Lucas Fernandes, diz que a estimativa é de que a diminuição da arrecadação e o aumento das despesas vinculadas à educação acarretará em um déficit que pode variar entre 9 e 28 bilhões de reais.

Ele explica que a retomada do ensino presencial, com a redução de turmas e aumento de aulas de reforço, exigirá ainda um gasto maior. Lucas Fernandes conta que, após a pandemia, as escolas públicas podem ficar ainda mais cheias.

Ele alerta para a necessidade de adoção de medidas para controlar os déficits, a fim de evitar que o sistema de educação pública entre em colapso. O gerente de estratégia diz que o estudo propõe algumas soluções que podem ser tomadas, como a racionalização dos recursos por parte das secretarias estaduais.

Fernandes cita também medidas que podem ser adotadas pelo governo federal. O gerente de estratégia política da Todos Pela Educação diz que as secretarias estaduais e municipais têm tentado, dentro das possibilidades, minimizar os impactos da ausência das aulas presenciais.

Através da tecnologia, redes de ensino têm disponibilizado conteúdos nas emissoras públicas de televisão e também patrocinado pacotes de dados para que os alunos tenham acesso à internet.

No entanto, ele diz que, apesar do esforço, essa situação aprofundará as desigualdades, já que famílias mais vulneráveis não têm computadores em casa e nem acesso à internet.Por isso, Lucas reforça a necessidade de ações conjuntas entre as redes federais, municipais e estaduais.