Autor: Da Redação | Foto: Divulgação
A Gestão interina da Prefeita Sheila Lemos foi denunciada por podar profissionais da linha de frente da covid -19 na vacinação para imunização do vírus. Segundo os profissionais eles estão sendo humilhados no processo que está sobre responsabilidade da prefeitura municipal.
No segundo dia de vacinação contra o Coronavírus em Vitória da Conquista já foram registradas confusões no local onde as doses estão sendo aplicadas, a sede do Comando de Policiamento Regional Sudoeste (CPRSO). Funcionários do Hospital de Base não estariam conseguindo se vacinar mesmo em posse de uma declaração de que são profissionais de saúde.
Na fila durante três horas, a técnica de enfermagem Zuneide, que trabalha no Hospital de Base, descobriu que a declaração emitida pela unidade não serviria para que recebesse a vacina nesta quarta-feira (20). Ela ficou revoltada com a situação e não foi a única, vários profissionais que esperaram na fila estavam na mesma situação.
Em entrevista ao programa Band News, da Band FM ontem, o secretário do Gabinete Civil da Prefeitura de Vitória da Conquista, Marcos Ferreira, culpou a direção do Hospital de Base pelas divergências registradas. Ele afirmou que a unidade emitiu declarações para funcionários que não estavam na lista enviada previamente para a Secretaria de Saúde na qual constava a relação dos profissionais que atuavam na linha de frente do combate ao Coronavírus, que são os que fazem parte do grupo prioritário no recebimento do imunizante.
Assim, eles não teriam direito a receber a vacina neste momento. O secretária levantou ainda a possibilidade das declarações terem sido emitidas com o intuito de tumultuar o processo de vacinação. “Teve reunião com as unidades de saúde: profissionais da linha de frente, independente de idade. Linha de frente é uma coisa. Almoxarife é linha de frente, Geraldo? Pelo amor de Deus! Jardineiro? Com todo respeito à profissão de todo mundo. Hospital de Base está fazendo isso. Quer dizer… Para com isso, toma juízo, irmão, responsabilidade. Deixa a política de lado, pô!”, declarou Marcos Ferreira.
A Prefeitura também se manifestou sobre o assunto e declarou que as declarações estavam foram emitidas e carimbadas por profissionais que não estavam autorizados a emiti-las. A nota também diz que a Secretaria Municipal de Saúde não tem como controlar quem trabalha ou não na linha de frente da Covid-19, cabendo às instituições hospitalares emitir a relação desses funcionários.
Com divergências entre os órgãos e pressa para receber a imunização, os profissionais são obrigados a enfrentar o estresse da espera e da falta de informações exatas para conseguir acessar a vacina.