Uma das principais e mais importantes culturas de Vitória da Conquista, a mandioca, foi o assunto discutido nesta quarta-feira (8), em um encontro que reuniu técnicos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR), um professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e pequenos agricultores do povoado de Campo Formoso, distrito de Iguá.
Promovido pela SMDR, em parceria com o departamento de Fitotecnia do curso de Agronomia da Uesb, a palestra com o tema “Mandiocutura no Planalto da Conquista: Situação Atual e Perspectivas” foi ministrada pelo Prof. Dr. Anselmo Viana, e voltada para um público de agricultores locais. “A proposta é discutir as variedades de mandioca comuns na região e as possibilidades de um melhor cultivo”, explicou Anselmo.
Anselmo ainda destacou que nos últimos anos, a mandioca e seus derivados, como a fécula, atingiram cotação recorde de valor de mercado e que, ainda hoje, o produto segue valorizado em todo o país. “Com essa grande quantidade de chuva e uma possível continuidade das precipitações, a perspectiva de boas colheitas são grandes. Este é o momento de compartilhar os métodos e também trocar experiências com os produtores”, acrescentou o docente.
Na oportunidade, o professor e os técnicos da SMDR visitaram a propriedade do agricultor Ideon Ferreira, cuja plantação já vinha sendo acompanhada pela SMDR. Lá se verificou a presença da praga sternocoelus, conhecida como “broca da haste”. O inseto é apontado pelos pesquisadores como um dos principais responsáveis por danos na lavoura. “A broca se instala no caule da planta e lá reproduz suas colônias, matando a planta de dentro para fora. A solução apontada é a limpeza do terreno, com a retirada das velhas manivas (caule da mandioca utilizado no plantio)”, esclarece o agrônomo da SMDR, João Rubens.
“As variedades de mandioca mais cultivadas aqui são a “sergipe” e a “bico de urubu”. Aqui vendemos a colheita para as casas de farinha e também há pessoas que têm sua própria produção de biscoitos”, ressaltou Ideon. O agricultor, que reside há 52 anos em Campo Formoso, destaca que a presença da Prefeitura e o acompanhamento técnico dos professores é motivo de grande entusiasmo. “Ainda há muitos que são resistentes e acham que por ter muito tempo produzindo mandioca sabem tudo sobre o assunto. Mesmo assim, a maioria vê com alegria este apoio da Prefeitura”, destacou o produtor.
Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Luís Paulo, este foi o começo de mais um trabalho feito em parceria com instituições de ensino e pesquisa. “Nossa visão é trazer para o homem do campo todo o suporte técnico necessário para que ele tenha uma boa produção. Vamos levar o professor Anselmo também a outras localidades rurais do município e a pretensão é a de promover, em breve, um Dia de Campo, evento com alunos e pesquisadores da Uesb para discutir a mandioca e outras culturas existentes no município”, explicou o secretário.
Fonte: Da Redação | Foto: Ascom/PMVC