Autor: SudoesteDigital | Foto: Divulgação
Um policial militar é alvo de uma operação que visa desarticular uma organização do tráfico internacional de drogas. Mais de 50 policiais federais cumprem 5 mandados de prisão (duas preventivas e três temporárias), entre eles, a do PM; e 14 mandados de busca e apreensão na Bahia e em Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (4).
A Operação Ikaro II, segunda fase da Operação Ikaro, foi deflagrada pela Polícia Federal, mas conta com o apoio da Polícia Militar do Estado da Bahia, por causa do mandado prisão preventiva decretada contra o investigado que era policial militar até janeiro deste ano.
O grupo usava o transporte aéreo, cujo principal modus operandi era a cooptação de “mulas” para realização do transporte em voos comerciais para a Europa, sendo a droga, geralmente, escondida em bagagens.
Segundo a PF, a Justiça Federal também determinou o bloqueio de valores depositados em contas bancárias em nome de 11 pessoas físicas e jurídicas investigadas. As ações ocorrem em Salvador, Lauro de Freitas e Porto Seguro, na Bahia; e em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, na divisa com o Paraguai.
Ikaro I
As prisões de novos integrantes da organização criminosa acontecem após a análise do material apreendido na primeira fase da operação, deflagrada em 10 de junho do ano passado, e da identificação da movimentação de valores realizado entre os investigados para concretizar a prática da atividade criminosa.
Entre os meses de janeiro e fevereiro do ano de 2020 foram realizadas sete prisões em flagrante nos Aeroportos Internacionais Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, e Antônio Carlos Jobim – Galeão, no Rio de Janeiro. Na maioria dos casos, tratava-se de casais tentando transportar cocaína para Lisboa, Portugal, de forma oculta em suas malas. A semelhança do modo de atuação e das circunstâncias levaram à identificação do envolvimento de uma mesma organização criminosa em todos os casos, cujos integrantes estão sendo alvo das medidas judiciais cumpridas na presente data.
Durante as investigações apurou-se que, em caso de êxito, cada “mula” que realizava a viagem recebia aproximadamente 15 mil reais, gerando um lucro superior a meio milhão de reais para a organização criminosa, dependendo da quantidade de droga transportada.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de organização criminosa e tráfico internacional de drogas. | Correio.