Allan dos Santos, fundador da página Terça Livre, é suspeito de difundir fake news e atos antidemocráticos
Autor: AdeleRodriguez,Metro1 | Foto: Alessandro Dantas/PT NO SENADO
A Polícia Federal investiga um sócio oculto e financiadores do site de direita conservadora, Terça Livre. A página foi fundada por Allan dos Santos, blogueiro bolsonarista investigado por dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), que averiguam uma rede de compartilhamento de fake news e atos antidemocráticos contra a Corte e o Congresso.
Em meio às investigações da PF, foi descoberto que o criador do site é parceiro de negócios de Bruno Ayres, sócio de um empreendimento nos EUA, em Delaware, e dono de uma empresa de tecnologia em Brasília que tem contratos com instituições públicas, segundo ele, iniciados antes do início do atual governo.
Ayres, em depoimento, disse que é “sócio oculto” do site Terça Livre e atua como consultor de estratégia. Ainda de acordo com ele, esse tipo de função oculta, prevista em lei, é o formato que mais se adequa ao seu papel na empresa. Apesar da denominação, ele afirma que não está oculto no negócio.
Além dele, financiadores de Allan também foram intimados a prestar depoimentos pela PF. Foram questionadas uma quantia de R$ 90.000 destinadas ao Terça Livre por uma analista de sistema do BNDES, que disse ter doado valor de forma espontânea com o seu salário, correspondente a R$ 38.000 e depósito de R$ 53.000 ao longo de dois anos, por um técnico de informática do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, que como justificativa, explica que fez a doação por gostar dos cursos on-line do criador do site.
Allan dos Santos nega que tenha iniciado manifestações antidemocráticas ou difundido vídeos contra a Corte o e Congresso e afirma que tem sido alvo de uma “campanha de difamação” realizada por certos veículos de imprensa.