Em entrevista ao programa “A voz do Brasil” na noite desta segunda-feira (10/4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância das relações bilaterais e da retomada do protagonismo do Brasil na política externa. Na véspera do embarque para a China, nesta terça, o presidente afirmou que a relação com o país asiático é essencial e que pretende ampliar o espectro de possibilidades com seu principal parceiro comercial.
Presidente Lula embarcando com Janja para A China e Alckmin é o vice assumindo a cadeira de presidente da Republica.
Nós queremos investimentos para gerar empregos e novos ativos produtivos. O Brasil tem uma belíssima relação com a China. Fazemos parte do BRICS juntos. É o nosso principal parceiro comercial. Vamos tentar vender mais as coisas que produzimos para eles”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
“Nós queremos investimentos para gerar empregos e novos ativos produtivos. O Brasil tem uma belíssima relação com a China. Fazemos parte do BRICS juntos. É o nosso principal parceiro comercial. Vamos tentar vender mais as coisas que produzimos para eles. Vamos fortalecer essa relação”, resumiu o presidente.
Lula antecipou que vai convidar o líder chinês Xi Jinping para vira ao Brasil em uma reunião bilateral. “Queremos fazer investimentos que signifiquem algo novo, como rodovias, hidrelétricas”, completou o presidente.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2022, a China importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional. O volume comercializado, US$ 150,4 bilhões, cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004.
Na conversa com os jornalistas, Lula reforçou a importância da questão climática e disse que o Brasil está disposto a ajudar a despoluir o planeta. Segundo ele, é preciso explorar e compartilhar com o mundo a biodiversidade da Amazônia e convencer o setor produtivo da importância da proteção ambiental. “Nós não temos outro planeta. Por que estragar o que nós temos se é melhor e mais barato preservá-lo?”, questionou.
Diante da marca de 100 dias de gestão, celebrada nesta segunda, Lula disse estar otimista com os projetos da nova gestão e mais experiente, com o aprendizado de dois mandatos, para fazer as coisas acontecerem com mais rapidez.
“Estou convencido de que vamos fazer em quatro anos, proporcionalmente, mais do que fizemos em oito anos porque, primeiro, tenho mais experiência. Segundo, porque tem muitos ministros com experiência, e vários que já foram governadores e prefeitos, ou seja, todo mundo com muita capacidade e domínio da execução de políticas públicas”, afirmou.
Lula disse estar satisfeito com o que a equipe conseguir produzir nesse período, mas que isso é apenas o início e que, após a retomada de programas sociais que foram desmontados nos últimos seis anos, a obsessão é gerar emprego, viabilizar investimentos para o Brasil crescer e, distribuir renda.
O presidente destacou a importância da negociação com estados e municípios para definição de obras prioritárias e a retomada das que foram abandonadas em estágio avançado de execução e precisam ser concluídas. Na execução das obras, a ideia é repetir o padrão que foi feito no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com contratação de pessoas que vivem nas comunidades onde as obras são instaladas.
“É o emprego que dá dignidade ao ser humano. Dá dignidade e respeito e honra a vida do ser humano. Por isso que emprego para mim é obsessão. O povo precisa trabalhar e vamos tratar de fazer com que ele tenha esse emprego”, disse, em conversa com os jornalistas Mariana Jungmann e Luciano Seixas.
Fonte: Da Redação | Foto: Divulgação