Caso ainda está em análise; Dataprev negou qualquer tipo de interferência do presidente Bolsonaro na suspensão da multa
Autor: Metro1 | Foto: Reprodução/TV Globo
O governo de Jair Bolsonaro (Sem partido) suspendeu no dia 15 de março do ano passado uma multa de R$ 27 milhões destinada a um consórcio de empresas que não finalizou uma série de serviços previstos pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev). O conglomerado foi contratado em 2014 por R$ 17 milhões segundo o jornal O Globo e tem como um de seus membros a Globalweb Outsourcing, cuja fundadora e presidente do conselho administrativo é Cristina Boner, ex-mulher de Frederick Wassef, advogado que trabalha para a família de Bolsonaro.
Em resposta à suspensão, a Dataprev – que hoje é vinculada ao Ministério da Economia – afirmou que o caso ainda está em análise e negou qualquer tipo de interferência do presidente na suspensão da multa.
O consórcio foi escolhido para estruturar um sistema tecnológico para o órgão do governo até 2016. O MG2I ficou até abril de 2018 sem entregar o serviço prometido.
Em um documento obtido pelo jornal, a Dataprev chegou a fazer um relato do atraso e divulgou ao consórcio que havia decidido “rescindir o contrato unilateralmente” devido ao descumprimento contratual. Além da multa, o texto também dizia que ficava suspenso “o direito de licitar e de contratar de todas as empresas participantes deste consórcio.”