O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou nesta segunda-feira (6) com um recurso na Justiça contra a decisão que permite Alexandre Nardoni, 44 anos, cumprir o restante da pena pelo assassinato da filha, Isabella Nardoni, em regime aberto. O crime ocorreu em 2008, quando a vítima tinha apenas 5 anos.
A Promotoria quer que Alexandre volte ao regime semiaberto por considerar que o condenado precisa passar por mais exames psiquiátricos antes de progredir para o regime aberto. E sugere a aplicação do teste de Rorschach, para a Justiça ter mais elementos e verificar se ele pode de fato ser colocado em contato com a sociedade.
Para o MP, “o réu não comprovou nos autos, de forma cabal, que não representa perigo para a sociedade”. E ainda “considera que Nardoni praticou crime hediondo bárbaro ao matar a filha de 5 anos, demonstrou frieza emocional, insensibilidade acentuada, caráter manifestamente dissimulado e ausência de arrependimento”. De acordo com o Ministério Público, há um documento que “cita ainda indicação psiquiátrica de que o réu possui ‘impulsividade latente’, além de exibir elementos de transtorno de personalidade”.
Alexandre conseguiu o benefício do regime aberto porque, pela lei, cumpriu o tempo da pena necessário, além de ter bom comportamento e trabalhar na prisão. Ele deixou a Penitenciária de Tremembé, também no interior paulista, a caminho de São Paulo, onde vai morar com a família e continuar trabalhando, mas em liberdade.
Fonte: M1 | Foto: Reprodução/Agência Brasil