Em sua sexta Copa do Mundo, a craque Marta não tem dúvidas: a seleção brasileira atual é “a mais unida” de todas que ela defendeu na carreira. Nesta segunda-feira, com a camisa 10 em campo ou no banco, o Brasil faz sua estreia no Mundial, contra o Panamá, em Adelaide, às 8h (horário de Brasília).
— Essa equipe é realmente diferente nesse sentido. A equipe, eu posso dizer com toda a clareza, mais unida de todas que eu já participei. É a minha sexta Copa do Mundo, então eu tenho essa propriedade para falar. A gente se abraça no momento da dificuldade, e no momento da alegria, a gente se abraça também — afirmou a camisa 10 brasileira em entrevista ao site oficial da Fifa divulgada neste domingo, véspera da estreia do Brasil na Copa.
Quatro anos após a eliminação do Brasil nas oitavas de final da Copa Feminina de 2019, na França, Marta acredita que está vendo os frutos de uma mudança de mentalidade no país. Uma mudança que pode ter começado no desabafo da craque, ainda em campo, na sequência da derrota para a França: “O futebol feminino depende de vocês. Não vai haver uma Marta, uma Formina e uma Cristiane para sempre. Chorem antes para sorrir depois”.
— Eu acho que o que mudou, principalmente, foi a mentalidade das atletas. Hoje a gente vê uma equipe mais preparada mentalmente e entendendo a responsabilidade que é jogar uma Copa do Mundo e representar o seu país. Até cobrei um pouco isso nas oitavas da última Copa, quando a gente saiu contra a França. E eu acho que essa mensagem chegou de maneira positiva para as atletas, para que elas entendessem que jogar em alto nível necessita de muito esforço — afirmou Marta.
Uma das mudanças de destaque na seleção brasileira após a Copa de 2019 foi a contratação da técica Pia Sundhage, em agosto de 2020.
— A Pia ela é uma treinadora talentosa que consegue passar para a gente exatamente aquilo que ela acha, que acredita que é o melhor para a equipe. Ela está preparando a equipe justamente para que a gente possa ter um uma mentalidade de campeã, saber jogar a competição do começo ao fim e se levantar quando cair, não esmorecer. Ela tem muito esse espírito de vencedora, que a gente tem que ir até o fim, não importa os obstáculos, e ela vem passando isso muito claro para a equipe — comentou.
Fonte: Ge | Foto: Thais Magalhães/CBF