O coronel Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, foi preso preventivamente nesta quarta-feira (18) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão ocorre no contexto das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.
Câmara foi detido em casa e é considerado um dos auxiliares mais próximos do ex-presidente, tendo inclusive acompanhado Bolsonaro em viagem aos Estados Unidos no fim do mandato. Além da prisão, Moraes determinou a abertura de um novo inquérito contra Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz, por suspeita de obstrução de Justiça.
Segundo o STF, o advogado manteve contatos com o tenente-coronel Mauro Cid para tratar da colaboração premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Marcelo Câmara é um dos réus do chamado “núcleo dois” da suposta trama golpista. Sua prisão foi motivada, em parte, por uma manifestação recente de Kuntz ao STF, na qual ele admitiu ter conversado com Mauro Cid, no ano passado, por meio do Instagram.
Na avaliação de Moraes, Câmara desrespeitou medidas cautelares já impostas, como a proibição de uso de redes sociais e de manter contato com outros investigados, o que configuraria um “completo desprezo pelo Poder Judiciário” e ameaça à ordem pública. O ministro também determinou que Câmara, Kuntz e Mauro Cid sejam ouvidos sobre as comunicações investigadas no prazo de até 15 dias.
Fonte: Metro1 | Foto: Reprodução
