Maioria do eleitorado mineiro reprova o governo de Jair Bolsonaro
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Maioria do eleitorado mineiro reprova o governo de Jair Bolsonaro

Segundo o Paraná Pesquisas, presidente tem o apoio entusiasmado de um terço dos eleitores do segundo maior colégio eleitoral do país

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem o apoio entusiasmado de apenas um terço dos eleitores de Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país (10,5% de todos os votantes do país), segundo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 8 e 13 de maio e divulgado neste sábado, 14.

De acordo com a pesquisa, 32,3% dos mineiros consideram o seu governo ótimo ou bom contra 45,1% que o avaliam como ruim ou péssimo e 21,1% que o apontam como regular. Outros 1,4% não souberam ou não quiseram responder. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos.

O percentual dos eleitores contentes com o governo é parecido com o dos que dizem que irão votar em Bolsonaro (33,8%, segundo a mesma pesquisa). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a preferência dos mineiros, com 41,6% —.

Ainda segundo o levantamento, 42,4% aprovam o governo Bolsonaro enquanto 52,4% desaprovam e 5,4% não souberam ou não quiseram opinar. A pesquisa foi feita com 1.680 eleitores de 78 municípios de Minas Gerais, por meio de entrevistas pessoais, e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o n.º BR – 09255/2022.

Bolsonaro, a princípio, não terá um candidato a governador no estado – ele tenta se aproximar de Romeu Zema (Novo), que vai disputar a reeleição e que em 2018 pediu votos para Bolsonaro no segundo turno. Mas a aproximação neste primeiro turno pode não ser tão simples, até porque Zema terá um candidato a presidente de seu partido, o cientista político Luiz Felipe d´Ávila.

Ganhar em Minas Gerais, o maior colégio eleitoral do país (10,7% do total), é fundamental para qualquer tentativa de conquistar a Presidência da República – desde a redemocratização do Brasil, todos os candidatos que triunfaram no estado chegaram ao Palácio do Planalto. Em 2014, por exemplo, Dilma Rousseff venceu o ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB) em seu reduto nos dois turnos da eleição presidencial, desempenho que foi considerado decisivo para a vitória da petista.

Lula perdeu três vezes no estado e foi derrotado nacionalmente por Fernando Collor (em 1989) e FHC, duas vezes (em 1994 e 1998). Quando triunfou entre os mineiros (2002 e 2006), também foi eleito presidente da República. O mesmo aconteceu com Dilma em 2010 e 2014 e Bolsonaro em 2018.

Fonte: Veja | Foto: Clauber Cleber Caetano/PR/Divulgação