Autor:Blog do Rodrigo Ferraz |Foto: Reprodução
Na última sexta-feira a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia rompeu o contrato com o IBR Hospital de 30 leitos para a COVID-19 disponíveis ao SUS – uma perda significativa para todo Estado em meio a pandemia. Em entrevista ao Jornal Band News na tarde dessa terça-feira, Valeria Tupy (Superintendente) esclareceu os principais pontos em discordância do que foi apresentado pela SESAB.
O contrato firmado em 07 de maio, teve duração de aproximadamente dois meses e está disponível para consulta no Diário Oficial. Ao longo da parceria público-privada, o hospital afirma não ter negado atendimento ou ocupado vagas do SUS com pacientes que possuíam convênio, além de não ter recebido em duplicidade pelos leitos contratados. O IBR dispõe atualmente de 19 leitos para a COVID-19, em área reservada de isolamento.
De acordo com a Superintendente da Instituição, os leitos eram monitorados pelas secretarias. “Nos surpreendeu esse questionamento da Secretaria (…) porque essa informação era enviada diariamente com todos os dados dos pacientes internados, inclusive especificando se era SUS ou convênio, para dois órgãos da Secretaria Estadual da Saúde e para Secretaria Municipal informando, a todo momento, sobre a nossa capacidade de atendimento”, afirma Valeria Tupy.
O IBR Hospital adotou fluxos separados para pacientes com síndromes respiratórias e mantêm atendimento normalizado para população – emergência, consultas, exames e cirurgias. Os profissionais contam com EPIS certificados pela ANVISA e são testados periodicamente. Ainda sobre as medidas de segurança, Valeria pontua que “o hospital é um ambiente seguro por estar preparado (…) não devemos protelar os cuidados com a saúde”.
Confira a entrevista na íntegra:
– Um dos principais pontos levantados é em relação a ocupação dos leitos SUS por pacientes de convênio. Essa ocupação ocorreu? O que de fato foi contratado pelo Estado?
EM NENHUM MOMENTO OCUPAMOS VAGAS DO SUS COM PACIENTES DE CONVENIO. O ESTADO CONTRATOU A DISPONIBILIDADE DE 30 LEITOS NÃO HOUVE RECUSA DE VAGA AO PACIENTE SUS, TÃO POUCO PAGAMENTO OU RECEBIMENTO EM DUPLICIDADE POR QUALQUER LEITO.
– A Secretaria de Saúde monitorava esses internamentos ao longo desses dois meses?
NOSSA EQUIPE DE ASSISTÊNCIA ENVIAVA DIARIAMENTE UM RELATÓRIO COM TODOS OS DADOS DOS PACIENTES INTERNADOS, INCLUSIVE ESPECIFICANDO SE ERAM SUS OU CONVENIO. TANTO A SECRETARIA ESTADUAL QUANTO A MUNICIPAL SÃO INFORMADOS A TODO MOMENTO SOBRE A NOSSA CAPACIDADE DE ATENDIMENTO.
– Outra questão importante seria sobre o uso de EPIS pelos profissionais e a existência de fluxos isolados. Como o hospital se preparou para a pandemia?
MESMO COM TODAS AS DIFICULDADES SOFRIDAS POR TODO SISTEMA NACIONAL DE SAUDE COM A FALTA E O ALTO CUSTO DE MATERIAIS, O IBR SEMPRE DISPONIBILIZOU TODOS OS EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS, PARA OS PROFISSIONAIS E PACIENTES DENTRO DO MAIS RIGOROSO NÍVEL TÉCNICO. PROVA DISSO É A INEXISTÊNCIA DE CASOS DE INFECÇÃO CRUZADA.
– Para finalizar, uma dúvida comum da população: com o aumento dos casos na cidade o
Hospital ainda é considerado um ambiente seguro? Foram realizados testes na equipe? A TESTAGEM É UMA OBRIGAÇÃO DO ESTADO OU MUNICIPIO. TESTAMOS A EQUIPE PERIODICAMENTE PARA GARANTIR UM BAIXO RISCO DE CONTAMINAÇÃO. O HOSPITAL É UM AMBIENTE SEGURO. ESTAMOS PREPARADOS COM FLUXOS E LEITOS ISOLADOS PARA PROTEÇÃO DOS NOSSOS CLIENTES E COLABORADORES. TODOS OS SERVIÇOS, CONSULTAS, EXAMES, CIRURGIAS ESTÃO FUNCIONANDO NORMALMENTE COM OS CUIDADOS INDISPENSÁVEIS.