A Polícia Federal (PF) reuniu dados que, conforme investigadores, comprovam atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para impactar as eleições de 2022. O inquérito aberto pelo órgão apura se a operação tinha como objetivo atrapalhar eleitores de regiões onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderava nas pesquisas.
No segundo turno, a PRF realizou mais de 500 operações no transporte de eleitores em diversas estradas do país. As ações foram suspensas após pedido da Justiça Eleitoral. A conclusão dos elementos que baseiam a decisão da PF, é um relatório enviado por um Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de um estado do nordeste.
O documento teria apontado “discrepante abstenção” em regiões onde as blitze atuaram. Segundo a CNN, a decisão irá embasar o indiciamento do então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, aliado do ex-presidente Bolsonaro, que está preso preventivamente há quase um ano.
A defesa de Vasques questiona as acusações e afirma não ter conhecimento da existência de algum eleitor que tenha deixado de votar. “Tecnicamente falando, como ordem ilegal não se cumpre, todos os policiais rodoviários federais que atuaram no nordeste teriam que ser indiciados se a acusação contra Silvinei fosse verdadeira”, sustenta o advogado Eduardo Nostrani Simão.
Fonte: M1 | Foto: Divulgação/PRF