Primeiro lote seria uma compra emergencial em janeiro. Edital para compra das 300 milhões de seringas e agulhas deve sair na semana que vem
Autor: Metropoles | Foto: ISTOCK
Uma reunião entre representantes de três empresas da indústria farmacêutica do Brasil e membros do Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (4/1), teve como resultado a definição que serão fornecidas 30 milhões de seringas e agulhas para o governo federal até o final deste mês de janeiro.
Segundo com Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), as empresas SR, Injex e BD “abriram seus corações” para ajudar o governo neste momento difícil e irão produzir 10 milhões de unidades cada. As informações são da coluna da Míriam Leitão, no O Globo.
Este primeiro lote seria uma compra emergencial. O edital para a compra das 300 milhões de seringas e agulhas deve sair na próxima semana. As empresas sugeriram ao governo que a seringa e agulha sejam compradas juntas, por ser uma forma de economizar na esterilização, na embalagem e no transporte.
No primeiro leilão, realizado no final de dezembro, o governo só conseguiu comprar 2,4% do total de seringas e agulhas do necessário. Segundo Fraccaro, o Ministério da Saúde ofereceu um valor completamente defasado de R$ 0,13 por seringa e as companhias pediam entre R$ 0,22 e R$ 0,48, dependendo do item.
“Eles entenderam nossos custos com o aumento da inflação e do dólar mais alto. O primeiro leilão foi um equívoco e o ministério decidiu nos chamar para conversar. O diálogo é sempre positivo. Saí otimista”.
Sem estoque
De acordo com o secretário da Abimo, as empresas não produzem para estoque, toda a produção é para atender o atual consumo, para o plano de vacinação rotineiro do governo e para o uso em hospitais e farmácias.
O Brasil produz cerca de 1,3 bilhão de unidades/ano. Para a vacinação contra a Covid-19, vai ter que aumentar no mínimo mais de 300 milhões nos próximos doze meses e 400 milhões para 2022.
Segundo Fraccaro, com pedidos confirmados e uma programação certa, no prazo de três a quatro meses é possível aumentar a produção nacional para toda a demanda da vacina contra Covid-19.