Campanha busca mobilizar jovens para a prevenção contra o HPV. Vacina é gratuita na rede pública
Autor: Da Redação | Foto: Divulgação
Dando continuidade ao ciclo de projetos de prevenção que desenvolve, a Fundação do Câncer está lançando a campanha #VacinarSalvaVidas, buscando mobilizar pais sobre a importância da vacinação contra o HPV para jovens de 9 a 14 anos. O objetivo é prevenir o câncer de colo de útero na idade adulta. Para este ano, são estimados 16.710 novos casos de câncer de colo de útero no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
A campanha é nacional, embora nesse momento a ação com painéis seja no Rio de Janeiro.
O alerta é uma parceria com a Ecoponte (RJ). Painéis foram instalados nos dois sentidos da Ponte Rio-Niterói para chamar a atenção para a vacinação, informando sobre a faixa etária da população que pode se imunizar na rede pública (crianças e adolescentes). “Faremos uma série de ações sobre o tema e esta é uma das iniciais. Este ano, o trabalho da Fundação do Câncer será dedicado a fazer um grande alerta sobre os cuidados para prevenção do câncer de colo de útero. O esclarecimento é crucial e insistimos nele para combater o câncer”, destaca Luiz Augusto Maltoni, médico e diretor executivo da entidade.
Maltoni defende que é preciso promover e ampliar ações contra o chamado câncer evitável. “Há vacinação eficaz para combater o câncer de colo de útero. A vacina já está disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, gratuitamente no Sistema Único de Saúde”, diz o médico. O esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses).
Há ao menos 13 tipos de HPV que apresentam maior risco ou possibilidade de gerar infecções persistentes, estando associados a lesões precursoras de câncer. “Entre os tipos do vírus HPV de alto risco oncogênico, há dois deles, o 16 e o 18, que estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. Vacinar é prevenir e proteger futuras gerações de adultos”, reforça Maltoni.
O coordenador de Sustentabilidade da Ecoponte, Silvio de Souza, afirma que a parceria com a Fundação do Câncer é fundamental para que se possa conscientizar cada vez mais pessoas sobre temas importantes. “Diariamente cerca de 150 mil veículos passam nos dois sentidos da Ponte e as lonas instaladas na rodovia são um lembrete para o usuário cuidar da sua saúde e da família”, comenta.
Câncer e Covid
O diretor executivo da Fundação do Câncer faz ainda outro alerta: “A pandemia da Covid-19 afastou muitas mulheres dos consultórios médicos, o que pode representar um risco para a saúde. É importante que as mulheres não esqueçam de fazer seus exames preventivos”. É preciso evitar uma doença que, de acordo com o mais recente levantamento do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, causou 6.596 mortes em 2019. “Nosso foco é esclarecer a população e acabar com preconceitos em relação a questões que envolvem exames, como o preventivo e o uso da camisinha, que ajudam a conter o avanço do câncer de colo de útero, que ainda é muito frequente em nosso país e, infelizmente, causador de muitas mortes.” A projeção do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é de 16.590 novos casos de câncer de colo de útero para este ano. “Este tipo de câncer tem grande potencial de causar metástases e pode ser evitado. Se diagnosticado precocemente, é curável. Por isso, se faz oportuno repetir a orientação para ajudar a conter a doença”, sublinha o médico.
A campanha fica no ar nas redes sociais da Fundação do Câncer e em destaque na Ponte até julho próximo.