Foi na base do suor, da garra, da entrega e da “catimba”… Com uma atuação heroica, o Flamengo segurou o empate por 0 a 0 com o Corinthians, na Neo Química Arena lotada, e avançou à grande final da Copa do Brasil com 1 a 0 no placar agregado, graças ao triunfo da ida, no Maracanã.
A equipe comandada por Filipe Luís teve que aguentar a pressão do adversário com um jogador a menos desde os 28 minutos do 1º tempo, quando Bruno Henrique foi expulso com vermelho direto por acertar um chute na cabeça de Matheuzinho.
Na sequência da partida, o Rubro-Negro foi “bombardeado” principalmente por Yuri Alberto, que travou um duelo espetacular com o goleiro Rossi no 2º tempo.
Na base do 4-5-0 e sem atacantes de ofício, o clube carioca conseguiu segurar o placar zerado até o apito final e silenciou o estádio em Itaquera, voltando à final da Copa do Brasil pelo 3º ano seguido (foi campeão em 2022 e vice em 2023).
Na grande decisão, o Fla, que é o maior finalista da história da Copa do Brasil (10 vezes), vai enfrentar o Atlético-MG.
O Galo se classificou no último sábado (19), eliminando o Vasco com um empate por 1 a 1 em São Januário, após ganhar por 2 a 1 na Arena MRV.
Os jogos finais do torneio mata-mata devem acontecer nos dias 3 e 10 de novembro, dois domingos, em horários ainda a serem confirmados pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Os mandos de campo ainda serão definidos em sorteio a ser realizado na sede da Confederação na próxima quinta-feira (31), às 15h (de Brasília).
O jogo
Primeiro tempo marcado por expulsão bizarra
A partida já começou com polêmica logo aos 3 minutos: Rodrigo Garro invadiu a área e caiu após choque com De La Cruz. Os corintianos pediram pênalti, mas arbitragem e VAR nada marcaram.
Os juízes seguiram com protagonismo aos 8: após cobrança de falta para a área, Alex Sandro desviou para as redes e saiu comemorando. No entanto, as linhas do VAR marcaram impedimento e anularam.
A primeira chance real de gol no jogo só veio aos 16: Matheus Bidu soltou um foguete de fora da área e parou em grande defesa de Rossi, que mandou para escanteio.
A partida era truncada, com muitas faltas dos dois lados, e o clima esquentou de vez aos 28 minutos, quando Bruno Henrique foi expulso.
Em lance na lateral, o atacante rubro-negro levantou o pé e acertou a cabeça de Matheuzinho. Anderson Daronco não teve dúvidas e mostrou vermelho direto para o camisa 27.:
Segundo Renata Ruel, analista de arbitragem da ESPN, a decisão de Daronco foi acertada.
“Expulsão correta do Bruno Henrique. Atinge com as travas da chuteira a cabeça do Matheuzinho, assumindo o risco de lesionar, que caracteriza jogo brusco grave, conforme diz a regra. Cartão vermelho bem aplicado”, apontou a especialista.
Com um a menos, Filipe Luís foi para o “sacrifício” no Flamengo: sacou Gabigol e colocou Fabrício Bruno, fechando a defesa e deixando a equipe sem atacantes.
Com isso, o jogo seguiu enrolado, e a única oportunidade clara veio com Charles, já aos 46 minutos, cabeceando perto da trave de Rossi.
Segundo tempo de ataque contra defesa
O Timão voltou com tudo do intervalo e quase marcou sem seu primeiro ataque: Yuri Alberto recebeu cruzamento e cabeceou forte, mas Léo Pereira salvou em cima da linha.
Yuri Alberto apareceu bem mais uma vez aos 11: ele recebeu enfiada de bola, arrancou até dentro da grande área e tentou de bico, mas desta vez parou em Rossi.
O duelo seguia intenso. Quatro minutos depois, o camisa 9 apareceu bem na área e acertou um lindo chute de esquerda, para nova defesaça do goleiro flamenguista.
Aos 23, Ramón Díaz resolveu ir para o tudo ou nada no Corinthians: sacou Matheuzinho e Charles e colocou Igor Coronado e Giovane.
O Timão partiu para a pressão total, e Yuri Alberto teve mais uma oportunidade incrível aos 24: Talles Magno cruzou e o centroavante, completamente livre, cabeceou para fora.
A última grande chance corintiana veio aos 42: Giovane arrancou com a bola e soltou um balaço de fora da área, mas Rossi conseguiu agarrar sem dar rebote.
Na base da raça, o Flamengo segurou o 0 a 0 até o apito final e celebrou a classificação na Neo Química Arena.
Fonte: ESPN | Foto: Ettore Chiereguini/AGIF