Na manhã deste sábado (7), Vitória da Conquista foi uma das 121 cidades brasileiras – sendo a única da Bahia – a promover o Festival Paralímpico, contemplando cerca de 200 alunos com deficiência matriculados nos anos iniciais da Rede Municipal de Ensino. A iniciativa envolveu a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed), a Associação Paradesportiva do Interior da Bahia (Apib) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Somando-se os núcleos envolvidos no evento, estima-se que tenham sido mobilizadas mais de 40 mil crianças, de forma simultânea, em todo o país.
A quadra do Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep), na entrada da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, tornou-se um complexo paralímpico com as modalidades bocha, atletismo e vôlei sentado. As crianças se alternaram na prática dos três esportes, tendo o suporte de cuidadores, pais e professores.
“É um momento muito importante de integração, de confraternização, e, principalmente, porque não está envolvida neste evento apenas a comunidade escolar. Para além disso, nós temos os pais participando”, definiu o secretário municipal de Educação, Edgard Larry, que representou a prefeita Sheila Lemos na cerimônia de abertura.
“É a integração da comunidade na escola. A Rede Municipal de Educação está hoje, aqui, num grande evento sendo realizado, e isso é muito importante para o município de Vitória da Conquista”, disse ainda o secretário.
Um dos jovens participantes foi o estudante Andrew Pereira, 11 anos, atualmente no 6º Ano da Escola Municipal Frei Serafim do Amparo. Assim que recebeu sua medalha, entregue pelo secretário Edgard Larry, ele disse poucas, mas significativas palavras: “Foi muito legal”. Segundo ele, a corrida foi sua atividade preferida durante a manhã.
Socialização
Os responsáveis pelas crianças também apreciaram o evento, a exemplo de Rosane Ferreira de Souza, mãe de Daniel, 8 anos, uma criança diagnosticada com autismo. “Eu me sinto feliz, uma vez que é uma forma de ele estar sendo incluído em alguma atividade. E, assim, sempre quando tem atividade que envolve a inclusão, a gente fica feliz, porque a gente participa e vê outras pessoas participarem também”, afirmou Rosane.
Outra que gostou das atividades foi Tamires Lebrão Carvalho, mãe de Joaquim e Otávio, ambos com 6 anos, também autistas, matriculados na Escola Municipal Juiz Dr. Antônio Hélder Thomaz. Além de elogiar o Festival Paralímpico, ela fez comentários sobre o suporte que a Rede Municipal de Ensino oferece a seus filhos.
“Lá de onde eu venho, Minas Gerais, a gente não tem esse suporte para as crianças autistas. Eles não são inclusos nesses programas”, relatou Tamires. “E, aqui, eu encontrei essa inclusão para eles dois. Esse suporte com monitores especializados, a sala de suporte na escola, que foi de extrema importância para a evolução deles, tanto cognitiva como também de socialização”, complementou.
Parceria e inclusão
Ao falar com o público, o presidente da Apib, Joselito Souza, resumiu para as crianças o que é a inclusão: “É a união de todos em prol de um objetivo em comum”. Joselito comentou ainda sobre a parceria que possibilitou a realização do Festival Paralímpico: “O município, hoje, está muito preocupado com a inclusão através do esporte, promovendo também na escola, capacitando seus profissionais. Então, é uma parceria que tem tudo para dar certo e está dando certo”.
Fonte: Ascom/PMVC | Foto: Ascom/PMVC