Estudante registra queixa contra advogado por agressão durante festa no Centro de Convenções
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Estudante registra queixa contra advogado por agressão durante festa no Centro de Convenções

Crislaine diz ter levado um murro do advogado Raul Hernandes Gerlin Comadela, após uma discussão. Os dois não se conheciam antes do episódio

A estudante de direito Crislaine Emily de Oliveira, de 26 anos, saiu de casa na noite da última quarta-feira (20), véspera de feriado, para se divertir em uma festa, no Centro de Convenções. Voltou com marcas de uma agressão no rosto. Crislaine diz ter levado um murro do advogado Raul Hernandes Gerlin Comadela, após uma discussão. Os dois não se conheciam antes do episódio.

“Ele já estava aparentemente bêbado. Ele estava me empurrando muito, foi quando começamos a discutir e ele me deferiu o golpe”, conta Crislaine. A estudante de direito desmaiou e só acordou já dentro de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Ainda segundo a estudante, pessoas que viram a cena seguraram o advogado e chamaram uma viatura. “Ele foi conduzido para a delegacia e eu fui encaminhada depois”, conta.

Ao chegar na delegacia e se deparar com o agressor, Crislaine diz ter sido ameaçada por ele. “Me colocaram em uma viatura da Polícia Civil e eu fiquei lá aguardando meu advogado para não ter contato com ele [o agressor]”. A estudante registrou boletim de ocorrência, fez exame de corpo de delito e a lesão corporal foi constatada.

Crislaine afirma que irá processar o advogado, por danos morais e pelo dano estético, já que ela também trabalha como modelo. Além disso, também quer abrir uma representação contra o profissional na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que haja uma punição.

Procurada, a OAB disse que não pode falar sobre processos disciplinares, por proibição da lei federal nº 8.906, de 1994. A Comissão Direitos e Prerrogativas esteve na delegacia para auxiliar o advogado, a fim de garantir que as prerrogativas fossem cumpridas, segundo explica Victor Gurgel, presidente da comissão.

“A gente não faz nenhum juízo de valor, se tá certo, se tá errado, se agrediu ou não. O nosso papel institucional é apenas acompanhar o colega. Ele fez a própria defesa dele”, diz.

Fonte: Maria Clara Andrade/Metro1 | Foto: Arquivo Pessoal