Em último discurso como presidente, Bolsonaro questiona a imprensa urnas e defende manifestações golpistas nos quartéis
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Em último discurso como presidente, Bolsonaro questiona a imprensa urnas e defende manifestações golpistas nos quartéis

Prestes a deixar a Presidência da República, Jair Bolsonaro realizou aquele que deve ser seu último discurso como presidente, nesta sexta-feira (30), em suas redes sociais. Durante sua fala, Bolsonaro voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas.

“Hoje em dia se você falar de urna pode perder o seu mandato, como o [Fernando] Francischini perdeu. A nossa liberdade está sendo tolhida e nós temos que lutar contra isso e cada um fazer sua parte, é uma luta do povo brasileiro”, disse.

 

Bolsonaro ainda teceu críticas a cobertura da imprensa. “A imprensa que lá atrás falava tanto em liberdade de expressão, aplaude quando alguém é preso por ter falado alguma coisa, por ter duvidado de alguma coisa. Essa falta de liberdade prejudica a democracia. Isso daí no futuro se continuar vai pegar todo mundo. Passei quatro anos mostrando a importância da liberdade para a democracia. O oxigênio da democracia é a liberdade”, acrescentou Bolsonaro.

 

Bolsonaro também falou sobre as manifestações golpistas que acontecem nas portas de quarteis Brasil afora. Ele afirmou que não aderiu os protestos, mas que estes devem ser respeitados.

 

“Não participei do movimento, eu me recolhi. Não falei sobre o assunto para não tumultuar mais ainda. O que houve pelo Brasil foi uma manifestação do povo, não tinha uma liderança. O protesto pacifico, ordeiro, dentro da lei, tem que ser respeitado, contra quem quer que seja”, pontuou.

 

Nas vésperas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro buscou baixar a temperatura afirmando que este é um momento de “reflexão” e que é preciso força para enfrentar os momentos difíceis que virão.

 

“Não vamos achar que o mundo vai acabar no dia 1º de janeiro. Não vamos para o tudo ou nada, temos que ter inteligência e mostrar que somos diferentes do outro lado, que respeitamos as leis e a constituição […] É um momento triste para milhões de pessoas e de alegria para outras. É um momento de reflexão. Sei que tem muita gente que está chateada comigo, achando que eu poderia fazer alguma coisa. Não é o momento de procurarmos responsáveis pelo que está acontecendo, mas não é o momento de atacar instituições ou pessoas e sim buscar apoio, ajuda e trazer gente para o nosso lado e prepará-las para momentos difíceis”.
Fonte :Bahia Noticias.