Em novo embate com bolsonaristas na Câmara, Flávio Dino declara: “Eu não sou amigo ou vizinho de miliciano”
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Em novo embate com bolsonaristas na Câmara, Flávio Dino declara: “Eu não sou amigo ou vizinho de miliciano”

Nesta quarta-feira o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, esteve na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara e teve novos embates com bolsonaristas, com trocas de acusações e alfinetadas.

A confusão aconteceu depois do ministro responder ao questionamento sobre os recentes episódios de violência no Rio de Janeiro. Em sua resposta, Dino destacou que este “é um problema que vem de décadas, porque há políticos que protegem e incentivam as milícias”.

Ele ainda declarou, “eu nunca homenageei miliciano, não sou amigo de miliciano, não sou vizinho de miliciano, não empreguei no meu gabinete filho de miliciano, esposa de miliciano e, portanto, não tenho nenhuma relação com o crime organizado do Rio de Janeiro. E nós temos, portanto, essa atitude de combate firme, não só às facções, como também aos milicianos.”

Bolsonaristas presentes na sessão associaram a fala a alguns fatos que envolvem a família Bolsonaro, como quando o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) pediram homenagens a policiais denunciados ao Ministério Público do Rio de Janeiro (TJ-RJ) por envolvimento com milícias.

O deputado Nikolas Ferreira ironizou a postura do ministro, que passou a se recusar a responder questionamentos relativos a segurança pública. Outros embates aconteceram, a sessão já começou tensa entre governistas e opositores por causa do bate-boca envolvendo a presidente da comissão, Bia Kicis (PL-DF).

Dino compareceu à Câmara para prestar informações à Comissão de Fiscalização e Controle após duas ausências em convocações para prestar depoimento à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

A justificativa indignou os parlamentares da oposição porque o ministro alegou uma suposta “falta de segurança” de ir ao colegiado. Ele justificou a falta por um ofício encaminhado a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, explicando que parlamentares do colegiado representavam “grave ameaça” à sua integridade física.

Fonte: Metro1 | Foto: Lula Marques/Agência Brasil