O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, prestou depoimento à Polícia Federal na quinta-feira (2) e disse que a chamada minuta do golpe, encontrada em sua residência, “não tinha viabilidade jurídica” e era “descartável”. De acordo com Torres, o documento foi colocado na estante por uma empregada que arrumava a sua casa.
“Não é por ter sido encontrado na estante que teria importância”, afirmou.
O depoimento durou cerca de 10 horas. Durante esse tempo, o ex-ministro relatou que acredita ter recebido o documento no gabinete do Ministério da Justiça. Ele, no entanto, alega que “não tem ideia” sobre quem o elaborou e destaca que não foi feito por sua então equipe no ministério.
Torres afirmou também que, “em razão da sobrecarga de trabalho”, costumava levar alguns documentos para casa, o que aconteceu com a minuta. De acordo com a versão dada pelo ex-ministro, o ex-presidente Jair Bolsonaro não tomou conhecimento do material, que não teria sido encaminhado para ninguém.
Esse é o segundo depoimento dado pelo ex-ministro, no primeiro, ele se manteve em silêncio. Como delegado da PF, Torres está preso em uma sala de Estado Maior no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.
Fonte: Metro1 | Foto: Tom Costa / MJSP