Na abertura da Cúpula das Américas, presidente dos EUA diz que países nem sempre concordam entre si, mas resolvem suas diferenças com ‘respeito e diálogo’
Joe Biden, presidente dos EUA, abriu na noite desta quarta-feira, 8, a Cúpula das Américas, em Los Angeles. Diante de uma plateia formada por chefes de Estado, lideranças empresariais e representantes da sociedade civil, o líder americano afirmou que a democracia é um ‘ingrediente essencial’ da região
O presidente dos EUA afirmou que a democracia “é uma marca” e um “ingrediente essencial” das Américas. Ele reiterou a necessidade do trabalho de uma forma conjunta e coordenada, apesar das muitas diferenças e desafios, e tentou colocar Washington como a “força motriz” dessas mudanças.
Biden mencionou ainda a Carta Democrática Interamericana, firmada em 2001. Segundo ele, o texto é compromisso de todos os países com a estabilidade, justamente no momento em que a democracia “está sob ataque” no mundo: “Nem sempre vamos concordar com tudo. Mas porque acreditamos na democracia nós resolvemos nossas diferenças com diálogo e respeito”.
Antes da reunião, o presidente foi duramente criticado por não convidar três países considerados por Washington de não serem regimes propriamente democráticos: Cuba, Nicarágua e Venezuela, os dois últimos liderados por presidentes — Nicolás Maduro e Daniel Ortega — não reconhecidos pelo governo dos EUA. Em protesto, México, Bolívia, Honduras e Guatemala não enviaram seus chefes de Estado a Los Angeles, e outros países, como Argentina e Chile, também expressaram seu descontentamento.
Joe Biden se reúne com o presidente Jair Bolsonaro na tarde desta quinta-feira, logo após a abertura da cúpula. O mandatário brasileiro chega a Los Angeles pela manhã e deve ainda visitar Orlando, na Flórida, antes de voltar ao Brasil.
Fonte: Veja | Foto: Drew Angerer/Getty Images