Corpo do indigenista Bruno Pereira é velado em Pernambuco
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Corpo do indigenista Bruno Pereira é velado em Pernambuco

O corpo do indigenista Bruno Pereira está sendo velado a familiares e amigos no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Grande Recife, na manhã desta sexta-feira (24). No local, ele será cremado à tarde, às 15h. O corpo chegou ao Recife após a conclusão da perícia pelo Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, na noite desta quinta-feira (23).

Considerado um dos maiores especialistas em povos isolados do País, Bruno Pereira dedicou sua vida profissional à defesa dos povos indígenas. No velório, povos indígenas pernambucanos também participam da solenidade de despedida.

O corpo de Bruno chegou à capital pernambucana em um avião da Polícia Federal (PF), às 18h36 desta quinta-feira (23). O voo saiu de Brasília e teve uma parada no Rio de Janeiro, local em que corpo ficou com familiares o corpo do jornalista inglês Dom Phillips.

Bruno deixou Pernambuco em meados dos anos 2000 para seguir o sonho de trabalhar na Amazônia. Casado com a antropóloga Beatriz Matos, o indigenista deixou três filhos.

Quem foi Bruno Pereira?
Durante o ensino médio, Bruno Pereira estudou no Colégio Contato do Recife. Após o anúncio da sua morte, um perfil de estudantes fez uma homenagem a ele. Uma homenagem a Bruno Pereira, que foi concluinte Saúde no Contato Zona Sul em 1998.Nossos sentimentos aos amigos e familiares”, disse o perfil, numa publicação no Instagram. As fotos mostram Bruno junto a outros colegas de escola, tanto em sala de aula quanto em outros momentos descontraídos com os estudantes. A primeira foto mostra uma carteira de identificação do colégio.

Seguindo seu sonho, Bruno Pereira seguiu como atuante na defesa dos povos indígenas, Bruno Pereira atuava nesses territórios contra os invasores, como garimpeiros e madeireiros da região. Em 2019, ele foi exonerado do cargo de coordenador-geral de Índios Isolados da Funai. Mas continuou atuando como assessor na União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). O local, que é a segunda maior terra indígena do País, é foco de disputa do tráfico de drogas, roubo de madeira e o garimpo.

Investigações
Os restos mortais de Bruno e Dom ficaram seis dias em Brasília.Lá, as perícias foram concluídas nesta quarta (22), em prazo bem mais curto que o padrão para procedimentos semelhantes. Geralmente, os testes duram entre 30 e 60 dias.

Os peritos fizeram exames de DNA, impressão digital e antropologia forense – método que analisa características físicas, como estrutura óssea.

A PF reiterou que todos os testes realizados confirmaram a identidade de Bruno e de Dom. Em nota, a corporação também confirmou que não há restos mortais de outra pessoa.

“Os trabalhos dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística continuarão nos próximos dias concentrados na análise de vestígios diversos do caso”, disse o comunicado da PF.

Fonte: JC Online | Rede Nordeste/Correio | Foto: Gabriel Ferreira/TV Jornal