Debandada na atual diretoria da estatal não está descartada
Autor: Mônica Bergamo
A possibilidade de investidores moverem uma ação coletiva contra a Petrobras em função de abuso de poder do controlador da empresa –ou seja, do governo, sob comando de Jair Bolsonaro (PL)– já assusta integrantes da cúpula da estatal.
BARREIRA
Em mensagens trocadas em grupos de WhatsApp, alguns deles afirmam que uma debandada na atual diretoria e no conselho da companhia não está descartada, caso não seja possível, como se planeja, barrar as pretensões do governo de alterar a política de reajustes de preços de combustíveis.
ALTO RISCO
Segundo um deles, os riscos pessoais para os diretores são “enormes”. E muitos podem não querer ficar no cargo.
AMPULHETA
O próprio governo Bolsonaro pretenderia trocar integrantes do colegiado, mas a debandada pode ocorrer antes que o plano se concretize. Pelas regras atuais, são necessários ao menos 30 dias para que uma assembleia de acionistas seja convocada com a missão de aprovar Caio Paes de Andrade, o nome do indicado por Bolsonaro para presidir a Petrobras.
APARELHO
Na estatal já se fala abertamente sobre a “bolsonarização” do conselho da organização, já que apenas pessoas alinhadas exclusivamente com o projeto de poder do presidente assumiriam os riscos de ir para a companhia e promover uma guinada na política de preços.
Fonte: Folha de S. Paulo | Foto: Paulo Whitaker – 1º.jul.2017/Reuters