A prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (UB), disse que fará um São João “modesto”. A repercussão negativa de cidades que anunciaram valores altos e tiveram eventos suspensos (ver aqui) parece ter deixado alguns gestores preocupados. Em Vitória da Conquista, Lemos afirmou que a proposta foi trazer artistas locais e com cachês mais compatíveis com os gastos que a gestão pode atender.
“Vamos fazer um São João principalmente com atrações locais e regionais, com valores mais modestos em relação a outras prefeituras. A gente até queria fazer uma festa com atrações de porte nacional, mas só faríamos se conseguíssemos uma parceria com a iniciativa privada, que exploraria espaço de camarote, por exemplo. Mas como até fevereiro a gente não tinha certeza disso, não deu condições para contratar outras atrações”, disse ao Bahia Notícias.
Os festejos juninos da cidade começam no próximo dia 13 de junho na praça central do comércio, com apresentações musicais aos finais de tarde. O ponto alto ocorre entre os dias 23 e 26. Nos dois primeiros dias nos 11 distritos da cidade, e em todo o período no espaço Glauber Rocha, que tem capacidade para 15 mil pessoas.
Cerca de 40 atrações devem animar a festa. Já estão confirmados nomes como Hermeto Paschoal, Renato Borghetti, Lucy Alves, Bonde do Forró, Mão Branca e Jessier Quirino. “Nós gastamos R$ 800 mil em 2019. Para este ano, no máximo podemos chegar a R$ 1,1 milhão”, acrescentou a gestora.
Foto: Marina Nadal / Bahia Notícias
Um dos motivos para confiança no sucesso da festa é que recentemente a cidade obteve o título de melhor cidade para se viver na Bahia e segunda do Nordeste, no caso, atrás apenas de Petrolina (PE). A indicação partiu do Índice de Desafios da Gestão Pública – IDGP, uma pesquisa nacional feita pela consultoria Macroplan.
O índice considera 15 indicadores de quatro segmentos estratégicos: educação, segurança, saúde e saneamento/sustentabilidade. “O que faz Conquista ser diferente é o povo. Os conquistenses natos e os conquistados, como a gente brinca, fazem muito pela cidade. Os investidores que chegam na cidade ficam. O dinheiro e a riqueza não saem, serve para fazer investimentos, como na construção civil”, declarou.Fonte.Bahia Noticia