Conheça o programa Mais Pasto, que oferece manejo sustentável para o rebanho
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Conheça o programa Mais Pasto, que oferece manejo sustentável para o rebanho

Utilizado há quase sete anos em Alagoas, tem sido apontado como um dos responsáveis pelo aumento de rebanho no estado e interesse por parte de produtores rurais

Autor: Canal Rural | Foto: Divulgação

A Federação de Agricultura e Pecuária de Alagoas em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) promovem, desde 2013, o programa Mais Pasto, que tem o objetivo de ajudar os pecuaristas com um manejo mais rentável das pastagens de gado de corte ou leite. A união entre os produtores, os centros de pesquisa, as empresas fornecedoras de insumos e a cooperativa é o diferencial do programa, que conta com profissionais presentes diretamente no campo, auxiliando os produtores.

Segundo a coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas, Luana Torres, qualquer produtor do estado com propriedade até 500 hectares pode participar do projeto. “O programa foi criado como opção para que produtores voltados para cana, após a grande crise que tivemos há alguns anos no setor, pudessem ter uma alternativa na pecuária”, disse.

Segundo ela, o diferencial do programa é que ele utiliza o método de pastoreio Voisin, que trata quatro leis específicas: “A primeira lei é a do repouso, que diz que o piquete do pasto precisa de repouso para que o pasto passe pela rebrota e possa fornecer um pasto de qualidade aos animais; depois tem a lei de ocupação, onde existe um tempo específico em que esses animais estarão dentro desses piquetes, fazendo uma rotação; a terceira é a lei do rendimento máximo, dizendo que os animais que precisam de um necessidade nutricional maior, vão pastejar primeiros e, por fim, a lei de rendimento regular, que diz que após esses animais passarem pelo pastejo, os demais entrarão”, falou.

O lado positivo desse sistema é que é uma pastagem sustentável, com piquetes menores e com a utilização da cerca elétrica, que é muito mais em conta do que a convencional. “O programa dura 15 meses e, desde de 2013 até agora, nós já atendemos 180 propriedades no estado e o rebanho do estado cresceu cerca de 16 mil cabeças, o que mostra um resultado fantástico. Além da assistência técnica, temos consultoria coletiva, onde há reunião com produtores, para que possam tirar dúvidas”, finalizou.