Comissão deve investigar denúncia de superfaturamento na aquisição de 35 mil comprimidos de viagra por parte do Ministério da Defesa
Denúncia Legislativo

Comissão deve investigar denúncia de superfaturamento na aquisição de 35 mil comprimidos de viagra por parte do Ministério da Defesa

 

 

A compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelo Ministério da Defesa pode virar CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara dos Deputados. O líder do PSB na Casa, deputado federal Bira do Pindaré (MA), tenta reunir as assinaturas necessárias para a instauração da investigação.

“Apresentei um requerimento para instalação de CPI para investigar a compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelo governo Bolsonaro para as Forças Armadas. A denúncia é muito grave e precisamos abrir investigação. Nós estamos falando de dinheiro público aplicado indevidamente”, disse o político nas redes sociais. São necessárias, no mínimo, 171 assinaturas de deputados para a instauração da comissão.

O citrato de sildenafila, conhecido como Viagra, é indicado para o tratamento de homens com disfunção erétil. Dados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal mostram oito pregões homologados entre 2020 e 2021, e ainda em vigor neste ano.

A maior parte das aquisições é direcionada à Marinha, com 28.320 unidades do medicamento. No caso do Exército, foram 5 mil comprimidos, e da Aeronáutica, 2 mil.

Viagra não é usado apenas para tratar impotência sexual; entenda
As informações foram levantadas pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que apresentou um requerimento em que solicita ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, explicações sobre os processos de compra. Paulo Sérgio assumiu a pasta no último dia 8. Até então, o ministro era o general Braga Netto.

Em nota, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas informou que o medicamento é usado para hipertensão arterial pulmonar e por pacientes com esclerose sistêmica, para melhor controle do fenômeno de Raynaud em pessoas acometidas pela grave doença. O governo ressaltou que o uso para o tratamento de disfunção erétil, a principal indicação do Viagra, “não se encontra priorizado nesse tipo de aquisição”. Fonte .R7. Foto: Divulgação