Depois de muita volatilidade durante a semana, o mercado futuro do café arábica encerrou a semana abaixo de 180 cents/lbp e com 2,39% de desvalorização na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Maio/23 teve queda de 435 pontos, valendo 177,85 cents/lbp, julho/23 teve queda de 420 pontos, cotado por 177,20 cents/lbp, setembro/13 teve baixa de 410 pontos, valendo 175,65 cents/lbp e dezembro/23 teve queda de 405 pontos, valendo 173,65 cents/lbp. No acumulado semanal a queda do arábica foi de 5,25% no contrato referência.
A semana foi marcada por números de exportação em importantes origens produtoras de café. Enquanto no Brasil, os dados preliminares da Secex indicarem queda nos embarques no mês de fevereiro, em Honduras a o volume subiu 32% no mesmo mês para 863.901 mil sacas, pressionando as cotações nos últimos dois dias.
“A diminuição das preocupações com inundações no Brasil também é pessimista para os preços do café, pois deve permitir que os agricultores de Minas Gerais, a maior região produtora de arábica do Brasil, voltem aos cafezais para aplicar fertilizantes e pesticidas”, complementa a análise do site Barchart.
Por aqui, o produtor segue sem quase participar do mercado, aguardando preços mais atrativos e também aguarda para saber o potencial da safra 23 do Brasil. O volume ainda é muito incerto e os inúmeros entre as consultorias privadas e até mesmo da Conab estão ainda mais distantes neste ano. Essa diferença gera incerteza ao mercado, e o comprador, ainda abastecido, também quase não participa das negociações.
Em Londres, depois de dois dias de valorização, o conilon teve um dia de ajustes e encerrou com desvalorização para os principais contratos.
Maio/23 recuou US$ 18 por tonelada, valendo US$ 2162, julho/23 teve queda de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2150, setembro/23 teve queda de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 2131 e novembro/23 teve queda de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2095. No acumulado semanal o conilon avançou 0,51% com suporte na queda nas exportações do Vietnã.
No Brasil, o físico acompanhou e também encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura corrida teve queda de 2,65% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.100,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,88%, valendo R$ 1.120,00, Machado/MG teve queda de 2,24%, valendo R$ 1.090,00 e Varginha/MG teve desvalorização de 4,27%, cotado por R$ 1.120,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 2,41% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.175,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,81%, valendo R$ 1.220,00, Varginha/MG teve baixa de 4,07%, valendo R$ 1.180,00.
Fonte: Noticias Agrícolas | Foto: Divulgação