De acordo com as investigações da Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro elaborou, revisou e “enxugou” um documento conhecido como “minuta do golpe”, que propunha a intervenção no Poder Judiciário para fazer com que a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fosse impedida. Além disso, o documento tinha como objetivo convocar novas eleições.
O relatório da PF que trata das apurações relacionadas a uma equipe de militares de elite, que supostamente planejou um golpe de Estado em 2022 para obstruir a posse de Lula e causar seu assassinato, detalha uma ordem cronológica de atos ilícitos que envolvem o ex-presidente. Além disso, foi relatado que Bolsonaro se encontrou com o general Estevam Theofilo, comandante do Exército Brasileiro, no dia 9 de dezembro de 2022, com a finalidade de organizar o apoio militar para a execução do golpe.
Foi determinando pela PF que Bolsonaro é o responsável por redigir e modificar “a minuta do ilegal decreto golpista” com base em mensagens enviadas por Mauro Cid ao general Freire Gomes, que na época era o comandante do Exército.
Em uma das mensagens compartilhadas de Mauro Cid ao general Freire Gomes, havia a indicação de que o ex-presidente estava enfrentando “pressões para tomar uma medida mais pesada”, utilizando forças, a partir de “deputados”. As investigações também revelaram que Mauro Cid mencionou, nas conversas com Freire Gomes, que Bolsonaro “enxugou o decreto” e o tornou “mais conciso”.
Fonte: M1 | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil