Recenseadores do IBGE iniciam, nesta segunda-feira (1º/8), coleta de dados da maior pesquisa sobre a população do país
O mandatário do país, Jair Bolsonaro (PL), recebeu no Palácio da Alvorada, na manhã desta segunda-feira (1º/8), o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Luiz Gonçalves Rios Neto, e recenseadores do Censo Demográfico 2022.
Em vídeo, o chefe do Executivo federal diz ter sido a primeira pessoa entrevistada por um recenseador chamado Gabriel. “Presidente, é um prazer. O senhor é o cidadão número um do país”, diz Rios Neto em vídeo gravado.
É uma tradição que os presidentes da República respondam ao questionário do IBGE na residência oficial no início da aplicação da pesquisa. O objetivo é reforçar a importância do levantamento, fundamental para a definição de políticas públicas para a população brasileira.
De acordo com o IBGE, a previsão é que sejam visitados 75 milhões de domicílios até o início de novembro. O instituto estima que, para coletar dados suficientes sobre a condição de vida dos brasileiros, será necessário percorrer mais de 8,5 mil quilômetros quadrados pelos quatro cantos do país.
Atraso
O Censo ocorre após um atraso de dois anos ocasionado pela pandemia da Covid-19 e pelas crises na destinação de recursos para a realização do levantamento.
Para realizar o trabalho, o IBGE contratou 183 mil recenseadores, 18 mil supervisores e 10 mil agentes censitários, alocados em 27 unidades estaduais, 566 agências e 6 mil postos de coleta.
“Os primeiros resultados do Censo 2022 estão previstos para ser divulgados ainda no fim deste ano. Outras análises e cruzamentos de dados serão divulgados ao longo de 2023 e 2024”, informou o IBGE.
Serão aplicados dois questionários: o básico, com 26 questões; e o de amostra, com 77 perguntas mais detalhadas. A abordagem da população será presencial, pela internet ou por telefone.
Nas duas últimas alternativas, o recenseador visitará o cidadão e fará um cadastro de e-mail e celular no sistema do instituto. Caso queira confirmar a identidade do agente, a pessoa pode acessar o site Respondendo ao IBGE, por meio deste link.
12 anos sem dados
Em 2022, a realização do Censo no Brasil completa 150 anos. Desde 1890, a coleta ocorre a cada década — a mais recente foi feita em 2010. Com o adiamento do estudo de 2020, o país completa 12 anos sem dados oficiais sobre seus habitantes.
O atraso impacta diversos setores: desde a destinação de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para as mais de 5 mil cidades brasileiras até a criação de políticas públicas de saúde, segurança pública, infraestrutura e educação, por exemplo.
Fonte: Metrópoles | Foto: Reprodução/Twitter