Bolsonarista tenta agredir Ciro Gomes em Porto Alegre, diz assessoria do candidato do PDT
Justiça Politica

Bolsonarista tenta agredir Ciro Gomes em Porto Alegre, diz assessoria do candidato do PDT

Segundo a campanha pedetista, homem chegou a atingir pessoas da equipe e foi contido pelos agentes da Polícia Federal que fazem a segurança de Ciro

Por meio de nota divulgada à imprensa, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes (PDT), informou ter sofrido uma tentativa de agressão durante ato de campanha na feira Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre (RS). Lisandro Vargas Vila Nova seria apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) e chegou a agredir membros da equipe, segundo a nota. Policiais federais que cuidam da segurança do candidato retiraram o agressor do local “para que nada mais grave pudesse acontecer”.

A equipe jurídica de Ciro Gomes registrou Boletim de Ocorrência “para que o caso seja apurado e as medidas legais contra o agressor sejam cumpridas”. Segundo informações da assessoria e de testemunhas presentes no local, Lisandro teria afirmado estar armado e foi revistado pela brigada militar do Rio Grande do Sul. Nenhuma arma foi encontrada com o agressor, segundo o B.O.

Conhecido nas redes como Barbudinho, o ativista digital Luiz Henrique Oliveira, apoiador de Ciro, disse ter sido um dos agredidos por Lisandro durante o evento no Parque Harmonia, onde ocorre a feira. Oliveira descreve que Ciro foi convidado a subir em um piquete (um tipo de cabana) para cantar “Querência Amada” junto com músicos locais, quando a confusão começou. Segundo ele, Lisandro gritava “Bolsonaro 2022”, vestido de roupa tradicional gaúcha e tentando pular o cercado para alcançar o candidato do PDT. “Foi quando tentei segurar ele e [Lisandro] deu um soco na minha cara. Seguraram ele para retirar do local e ele dizia ‘sai que eu tô armado’”, contou o ativista.

O ataque acontece um dia depois de o pedetista manifestar, em suas redes sociais, repúdio ao assassinato do petista Benedito Cardoso dos Santos, em Mato Grosso, no dia 7 de setembro. Na publicação, Ciro afirmou que Benedito havia se tornado “mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional e odienta”. Buscando se apresentar como alternativa à atual polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro, ele foi o primeiro a se manifestar sobre a mais nova morte relacionada à violência política.

Fonte: Estadão | Foto: Keiny Andrade/Divulgação