O mercado brasileiro de boi gordo foi pautado por um cenário de pressão baixista às cotações ao longo do mês de setembro.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a incidência de animais de parceria ofereceu uma previsibilidade para a formação das escalas de abate por parte dos grandes frigoríficos, que estão fechadas entre 8 e 9 dias úteis no Brasil.
Segundo ele, em meio à maior demanda esperada para o último bimestre do ano, é possível que haja uma recuperação nos preços da arroba em todo o país, embora de maneira comedida.
O coordenador da equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, concorda que há condições para patamares de preços de estáveis a mais altos ao longo do mês de outubro.
“Mesmo com as escalas de abate relativamente confortáveis, a oferta não deve sofrer um panorama de mudança muito robusto, mas penso que a demanda interna pode vir a ser mais firme. A oferta de gado de pastagem tende a pesar um pouco mais, já que há retomada de chuva e, consequentemente, rebrota de capim, o que influencia o mercado, assim como o câmbio ajudando a sustentar margens para a indústria nas exportações “, detalha.
Variação de preços do boi gordo
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 30 de setembro:
São Paulo (Capital): R$ 300, queda de 4,76% frente aos R$ 315 do final de agosto;
Goiás (Goiânia): R$ 290, baixa de 6,45% em comparação aos R$ 310 registrados no fim do mês retrasado;
Minas Gerais (Uberaba): R$ 290, recuo de 4,92% ante aos R$ 305 registrados no fechamento de agosto;
Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, alta de 1,59% em relação aos R$ 315 praticados no encerramento do mês retrasado;
Mato Grosso (Cuiabá): R$ 295, retração de 6,35% frente ao preço do final de agosto, de R$ 315;
Rondônia (Vilhena): R$ 273, declínio de 4,21% frente aos R$ 285 praticados no fechamento do mês retrasado.
Fonte: Canal Rural | Foto: Imagem gerada por IA