Após acordo com Jerônimo, PDT garante comando da secretaria de Ciência e Tecnologia para o partido
Poder Politica

Após acordo com Jerônimo, PDT garante comando da secretaria de Ciência e Tecnologia para o partido

Embora tenha substituído o arquiteto e urbanista André Joazeiro pelo professor titular da Uneb Marcius Gomes à frente da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), integrantes do alto escalão do Palácio de Ondina garantem que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) fechou um acordo que entrega o controle da pasta ao PDT. “Marcius Gomes ocupava a chefia de gabinete da secretaria, era o número dois da Secti, e só assumiu o leme porque o PDT não havia ainda apresentado um nome para avaliação de Jerônimo. Mas a cota do PDT já foi acertada”, confidenciou à Metropolítica um importante auxiliar do petista.

A seu critério
Em conversas reservadas, articuladores políticos do governo afirmaram que jerônimo ofereceu ao presidente do PDT na Bahia, o deputado federal Félix Mendonça Júnior, duas alternativas: manter Marcius Gomes na chefia da Secti, em uma eventual filiação dele ao PDT, com direito de emplacar quadros do partido nos cargos de direção da pasta ou indicar alguém da cota do pedetista para a vaga. Ainda de acordo com as mesmas fontes, as trataivas com a cúpula do PDT foram conduzidas pessoalmente pelo secretário de Relações Institucionais do governador, Adolpho Loyola, responsável pela costuras voltadas a conquistar apoio para o petista com horizonte na sucessão de 2026

Faz de conta
Ainda que Félix Júnior negue ter negociado cargos como contrapartida para o PDT reingressar na base aliada, políticos que compõem o núcleo duro do governo admitiram que a entrega de espaços no primeiro e segundo escalões do Executivo entraram no pacote de agrados feitos para que os pedetistas rompessem com a oposição e voltassem a integrar o arco de alianças do PT no estado, processo concretizado em 30 de abril.

Fato consumado
O plenário do Tribunal de Contas dos Municípios aprovou nesta quinta-feira (14) a lista tríplice com procuradores do Ministério Público de Contas (MPC) aptos a disputar a vaga do conselheiro aposentado Mario Negromonte, mas o procedimento não passa de rito protocolar. Isso porque, segudo que foi noticiado na última edição, o caminho já está pavimentado para a nomeação da esposa do deputado federal Mário Negromonte Jr. (PP), Camila Vazques, como sucessora do sogro, em troca do apoio dos Negromonte a Jerônimo Rodrigues na corrida pelo governo do estado. No andar de cima da Governadoria, há quem diga, contudo, que Jerônimo pretende arrastar a indicação até ter certeza de que os dois cardeais do PP farão campanha ao lado dele. Fora camila, a lista tem os procuradores do MPC Guilherme Macêdo e Aline Paim do Rego.

Seis por uma dúzia
Mesmo com a aliança do PP e União Brasil em torno de uma nova federação partidária, a adesão de Mário pai e Mário filho à candidatura do governador a um segundo mandato interessa mais ao PT do que o tempo de televisão destinado à legenda na propaganda eleitoral gratuita do ano que vem. Como a imensa maioria dos parlamentares do PP já estão com os dois pés no palanque do petista, o raciocínio dos estrategistas políticos de Jerônimo é que o casamento entre pepistas com o principal partido oposicionista não terá impacto de fato no tabuleiro durante a corrida pelo poder na Bahia.

Pais e filhos
Pelo sim, pelo não, Mário pai, agora liberado para retornar à política, está decidido a concorrer a uma vaga de deputado estadual. Começou, inclusive, a arrebanhar lideranças no interior baiano, em dobradinha com Mário filho, que tentará a reeleição para a Câmara dos Deputados.

Vade retro
Observadores atentos estranharam a ausência da bancada do motim no encontro da Direção Nacional do PL em Brasília, realizado na noite de quarta-feira (13), a pedido do presidente do partido, Valdemar Costa Neto. Nenhum dos 12 deputados do PL que se amotinaram ao londo de 30 horas na Mesa Diretora da Câmara e paralisaram os trabalhos na Casa em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro participou da reunião. Nem mesmo os líderes da sigla na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e da oposição, Zucco (RS).

Jogo de pernas
Um dos mais respeitados técnicos de boxe em atividade e conhecido por treinar feras dos pugilismo e do MMA, como Acelino Popó Feitas, Júnior Cigano, Anderson Silva e Robson Conceição, o baiano Luiz Carlos Dórea foi nomeado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) como assessor estratégico na Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer. Currículo ele tem de sobra. Resta saber se terá tempo para se dedicar à nova função, já que comanda a movimentada Academia Champion, no bairro da Cidade Nova, e acompanha lutadores sob sua guarda em competições nacionais e internacionais.

A fila andou!
Com o ex-prefeito de Irecê Elmo Vaz de passagem comprada para deixar o PSB pelo Avante, conforme revelado pela coluna na quarta-feira (13), a presidente estadual do partido, a deputada federal Lídice da Mata, tratou logo de preencher a lacuna aberta na cidade com a saída do agora ex-aliado. Em resumo, convenceu o segundo colocado na disputa pela prefeitura de Irecê em 2024, Rogério Amorim, mas comnhecido como Figueredo, para trocar o PDT pelo PSB.

Da duas, uma…
Avisado nesta quinta-feita (14) pelo presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Repulblicanos-PB), de que não existe esse negócio de mandato à distância, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode perder mais do que a cadeira no Congresso Nacional caso permaneça nos EUA. Escrivão de carreira da Polícia Federal (PF), o filho “03” de Jair Bolsonaro deve ficar ainda sem o emprego na corporação se for realmente defenestrado do Legislativo por abandono do trabalho. É que, enquanto estiver no exercício da atividade parlamentar, ele é regido pelas regras da Câmara. Uma vez destituído do posto, volta a se submeter ao regime da PF. E lá também não tem essa prerrogativa de ser policial à distância. Ou retorna ao batente ou adeus, distintivo!

Fonte: Metro1 | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados