Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça determinou um prazo de 60 dias para que entes públicos e empresas entrem em consenso sobre a ação que questiona os acordos de leniência firmados na Operação Lava Jato e seus desdobramentos. Mendonça ainda definiu que durante o período estão suspensas multas em razão de eventuais descumprimentos das empresas das obrigações financeiras pactuadas.
Na audiência, participaram aqueles que integraram a ação, a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Advocacia-Geral da União (AGU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Caixa.
Empresas como a UTC, a Metha (antiga OAS), a J&F Investimentos, a Camargo Corrêa, a CR Almeida, a Engevix, a Novonor (antiga Odebrecht), a Samsung, a Braskem também estiveram presentes na ocasião.
Todas as participantes foram alvos de operações de combate à corrupção na última década, incluindo na Lava Jato.
Em nota, o STF afirma que Mendonça destacou a importância dos acordos de leniência como instrumento de combate à corrupção e que a conciliação não servirá para que seja feito “revisionismo histórico”.
Ainda segundo o comunicado, o ministro aponta que o objetivo é assegurar que as empresas negociem com os entes públicos com base nos princípios da boa-fé, da mútua colaboração, da confidencialidade, da razoabilidade e da proporcionalidade.
Fonte: Metro1 | Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo