Autor: BNoticias/VitorCastro | Foto: Reprodução / Leonardo Rattes – Sesab
A alta na taxa de ocupação de leitos destinados ao tratamento da Covid-19 na cidade de Vitória da Conquista, no Sudoeste Baiano, pode não refletir a situação do avanço da pandemia no município, mas sim, nas cidades vizinhas que utilizam o sistema de saúde local. Para a Secretaria Municipal de Saúde, ainda não é o momento de adotar novas medidas de enfrentamento à pandemia na cidade, mesmo com a taxa de ocupação de leitos de UTI em 94,3% .
De acordo com a secretária de Saúde Ramona Pereira, a cidade, que conta com 148 leitos ao total, sendo 78 de enfermaria e 70 de tratamento intensivo, atende diversos municípios da região, o que resulta no aumento do índice.
Ao Bahia Notícias, a secretária esclareceu que dos 94,3% dos leitos de UTI ocupados, 65,7 % são de pacientes de outros municípios. Já nos leitos clínicos, estão com uma taxa de ocupação em 38,5%, sendo que 28,2% dos pacientes são de outras cidades. “Estamos tendo uma elevação por conta dos leitos de UTI, mas isso não condiz com o cenário de Vitória da Conquista. Condiz com o cenário de outros municípios que estão sendo acolhidos na rede hospitalar de Conquista, mas nosso índice de transmissão se mantém estável e com possibilidade de queda, então isso não interfere nas medidas [de enfrentamento à pandemia] que vem sendo executadas na cidade”, disse.
Ainda de acordo com Ramona, até o momento, a medida de enfrentamento da gestão contra a nova crescente de casos que vem sendo registrada na Bahia, é seguir o decreto estadual que estabeleceu o toque de recolher das 22h às 5h. “Não queremos dizer que nós estamos confortáveis no sentido de, nesse momento, liberar alguns outros setores, mas nos sentimos confortáveis em dizer que as medidas protetivas que a gente vem fazendo estão surtindo efeito no nosso município. No entanto, a gente vem nesse impasse de que os leitos clínicos e de UTI são para toda região e que a gente precisa fazer essa avaliação uma vez que esses número de ocupação de leitos esta aumentado e pode refletir em Vitória da Conquista”, reiterou.
A secretária avaliou que medidas já estabelecidas como a instalação de um comitê de crise, e de estratégias para atender melhor a população como a implementação de um call center e do Centro Covid para o cidadão tivesse conhecimento da rede de saúde, e como deve proceder no início dos sinais e sintomas da doença, estão entregando bons resultados.
A gestora fez o apelo para que a população continue mantendo as medidas de proteção, como o uso de máscaras e a não aglomeração. “Principalmente os que vacinaram e por causa disso estão se aglomerando e não fazendo o uso da máscara. Temos que a vacina requer duas doesse, então peço que se mantenham em casa para não gerar um reflexo nos outros grupos do município”, finalizou.
De acordo com o último boletim emitido pela Secretaria Estadual de Saúde nesta sexta-feira (19), a cidade registra 19.338 casos desde o início da pandemia. Deste total, 18.644 estão curados, outros 400 ainda apresentam sintomas da doença e 294 óbitos foram registrados.
De acordo com o governo do estado, pertencem a região de saúde de Vitória da Conquista 19 municípios. São eles Anagé, Barra do Choça, Belo Campo, Bom Jesus da Serra, Caetanos, Cândido Sales, Caraíbas, Condeúba, Cordeiros, Encruzilhada, Maetinga, Mirante, Piripá, Planalto, Poções, Presidênte Jânio Quadros, Ribeirão do Largo, Tremendal e a própria Vitória da Conquista.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), as Macrorregiões e Microrregiões foram descontinuadas pelo decreto Nº 7.508, de 28 de junho de 2011. Já as Dires foram extintas atendendo à Lei Nº 13.204 de 11 de dezembro de 2014 e, no seu lugar, foram criados os Núcleos Regionais de Saúde – NRS.